Sindicalistas de Campina Grande aproveitaram as manifestações desta sexta-feira (28) para protestar contra o vereador Alexandre Pereira da Silva (PHS), que é presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas Prestadoras de Serviços. Ele foi chamado de idiota e pelego. O parlamentar defendeu a Lei da Terceirização e criticou a paralisação convocada pelas centrais sindicais contra a reforma trabalhista e da Previdência.
O primeiro a criticar foi Napoleão Maracajá, diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Agreste da Borborema (Sintab). Segundo ele, não é possível que as centrais sindicais, OAB, CNBB, juízes e procuradores do Trabalho estejam errados e Alexandre do Sindicato, como é mais conhecido o vereador, certo.
“O nome dele não é apropriado. O nome dele deveria ser Alexandre dos patrões. Quem defende a terceirização defende o patrão. Quem é contra a mobilização é contra a democracia. Acho que ele está errado, falando de coisas erradas. Pior que peleguismo é fazer o jogo do patrão”, atacou ou Napoleão.
Outro que endureceu o discurso contra Alexandre do Sindicato foi Sizenando Leal, do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba (SINTEP-PB). “Ele representa os interesses daqueles que exploram o povo. Alexandre do Sindicato é um idiota. Ele quer uma escola onde o professor não pense. Ele quer uma sociedade com exploração, onde o povo é roubado, mas ele não fala do banqueiro, do rombo da previdência”
Mordaça
Para o presidente da Associação dos Docentes da UEPB, Nelson Júnior, “é uma pena que uma pessoa que se diz sindicalista defenda essa posição. Uma pessoa que defende um projeto como a lei da mordaça, que proíbe que as pessoas tenham opinião própria no trabalho e na escola, não é de se esperar muita coisa. É importante que o vereador faça uma reflexão sobre esta Lei da Terceirização que vai atingir aqueles que ele diz representar”, assinalou.
Por sua vez, o presidente do Sindicato dos Bancários, José do Nascimento Coelho, classificou infeliz a declaração de Alexandre do Sindicato. “Ele foi infeliz. A categoria deve dar resposta a ele. Ele deve ser enquadrado pela sua central sindical”, previu Coelho.
