Bombeiro orienta o que fazer em casos de afogamentos no mar

Uma das principais recomendações do bombeiro em casos de afogamentos é não superestimar a própria capacidade de natação.

Praia de Cabedelo, na Grande João Pessoa Foto: Danilo Queiroz / Jornal da Paraíba

O Jornal da Paraíba conversou com o bombeiro Tenente Evandro Ataíde, do Corpo de Bombeiros, para orientar sobre o que deve ser feito em casos de afogamentos no mar. Nesta terça-feira, um casal morreu afogado ao tentar salvar o próprio filho de um afogamento, na cidade de Lucena, no litoral sul da Paraíba. O acontecimento levantou dúvidas sobre o que fazer em situações como essa.

A principal recomendação do bombeiro é não superestimar a própria capacidade de natação. Segundo ele, 46,6% das pessoas que se afogam acham que sabem nadar.

No entanto, caso o incidente aconteça, é necessário manter a calma. “Aconselhamos a respirar fundo com a boca e nariz fora da água. Em seguida, mergulhar de forma proposital (o menos profundo possível), depois mais uma vez colocar boca e nariz para fora da água, respirar fundo e repetir esse movimento até se acalmar. Caso consiga, levantar os braços para pedir ajuda ou tentar, aos poucos, da forma que conseguir, nadar até a superfície”, orienta.

Em situações que pessoas observarem outras se afogando e se disponibilizarem a ajudar, o tenente explica que é preferível, sempre, chamar os bombeiros. “Caso não tenha treinamento específico ou não seja um profissional (como um guarda-vidas, por exemplo), não recomendamos tentar realizar o salvamento, pois as chances de se tornar mais uma vítima são altas. Então, aconselhamos a procurar o guarda-vidas mais próximo, ligar o quanto antes para o número 193 (Corpo de Bombeiros) passando o máximo de detalhes possível (hora, local, distância) e aguardar por socorro”, ressalta.

Ainda sobre ajudar em casos de afogamento de terceiros, no caso de haver boias por perto e ser possível arremessá-las, essa pode ser uma ação que não envolve perigo e ajuda a salvar vidas. “Caso tenha algum flutuador, como colete salva-vidas, por exemplo, e estiver a uma distância que seja possível arremessar para a vítima, sem risco de também se afogar, é aconselhado realizar esta ação”.

Após a vítima ser retirada da água, o bombeiro também alerta para os primeiros socorros que devem ser realizados. “É importante verificar a respiração, durante 10 segundos, observando os movimentos do tórax e escutando o ar sair pelo nariz. Se estiver respirando, é importante deixar a pessoa deitada de lado, para que a vítima possa expelir a água, até que os profissionais cheguem no local”, orienta o bombeiro.

Além disso, outra recomendação é de que se a vítima estiver desacordada e não estiver demonstrando sinais vitais, é importante realizar a massagem cardíaca.

Bombeiro explica para nadar de forma segura para evitar afogamentos

  • Nade sempre perto de um guarda-vidas;
  • Pergunte ao guarda-vidas o melhor local para o banho de mar;
  • Não superestime sua capacidade de nadar;
  • Tenha sempre atenção com as crianças;
  • Nade longe de pedras, estacas ou píeres;
  • Evite ingerir bebidas alcoólicas antes do banho de mar;
  • Crianças perdidas: leve-as a um posto de guarda-vidas;
  • Nunca tente salvar alguém se você não for preparado para fazê-lo. Muitas pessoas morrem desta forma;
  • Antes de mergulhar no mar certifique-se da profundidade;
  • Afaste-se de animais marinhos como águas-vivas e caravelas;