Pomadas que podem causar queimaduras nos olhos são apreendidas em estabelecimentos da PB

Pomadas apreendidas são usadas para modelar e trançar cabelos e podem gerar casos de queimaduras nos olhos. Apreensão foi feita pela Vigilância Sanitária.

Pomadas que podem causar queimaduras foram proibidas pela Anvisa | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A Vigilância Sanitária de João Pessoa (GVS-JP) fiscaliza estabelecimentos que comercializam ilegalmente pomadas para modelar e trançar cabelos. Em oito estabelecimentos da capital foram apreendidos os produtos, já que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização, desde a sexta-feira (10), por causarem queimaduras nas córneas.

Segundo o Ministério Público da Paraíba (MPPB), nenhum caso dessas lesões nos olhos foi registrado no estado, mas em contrapartida, estados como Pernambuco, já registraram mais de 300 casos.

Essas fiscalizações em João Pessoa são feitas desde janeiro. Além da capital paraibana, cidades como Patos e Cabedelo tiveram produtos do tipo também apreendidos. Em Cabedelo, segundo a Vigilância Sanitária do estado (Agevisa), cerca de 900 potes foram confiscados.

Órgãos como o MPPB, GVS-JP, Sindicato dos Farmacêuticos de João Pessoa (Sindifarma), Sindicato das Distribuidoras e Produtos Farmacêuticos (Sindistrifarma) e Associação dos Supermercados da Paraíba (ASPB) participaram de reunião nesta segunda-feira (13), onde avaliaram ações em conjunto para determinar os procedimentos que vão ser tomados para fiscalização e apreensão das pomadas.

Pomadas e lesões nas córneas

Com o relato de muitos casos, a Anvisa determinou de forma preventiva que todas as pomadas para modelar e trançar cabelos estão com a comercialização proibida e que estes produtos não devem ser utilizados. 

Segundo a Anvisa, os principais sintomas são:

  • perda temporária da visão
  • forte ardência nos olhos
  • lacrimejamento intenso
  • coceira
  • vermelhidão
  • inchaço ocular
  • dor de cabeça

A medida foi tomada quase um ano depois dos primeiros casos registrados pela agência. Na época, a Anvisa proibiu o uso de uma única pomada e, desde janeiro deste ano, vinha aumentando a lista de proibições, o que não impediu que muitas pomadas continuassem nas prateleiras das lojas.