Profissionais da saúde paralisam atividades, em João Pessoa

Além dos profissionais que paralisam as atividades, a depender do setor, há cerca de 30% a 50% do efetivo segue atendendo a população.

Foto: Juliana Santos/Secom-JP

Enfermeiros, técnicos de enfermagem e alguns médicos estão paralisando as atividades nesta quinta-feira (7), em João Pessoa. Nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), a depender do setor, há cerca de 30% a 50% do efetivo em atividade para atender a população.

De acordo com Roberta Barros, diretora da UPA Cruz das Armas, a paralisação teve início às 8h e deve continuar até as 11h. Aderindo a uma paralisação nacional, os profissionais reivindicam, principalmente, melhorias salariais.

Na UPA Cruz das Armas, por exemplo, dos 13 técnicos de enfermagem, cinco foram liberados para participarem da paralisação, e dos 7 enfermeiros, três estão atuando na mobilização. Ainda conforme Roberta Barros, por volta das 12h os atendimentos devem ser normalizados.

Até lá, as portas das UPAs permanecerão abertas e os pacientes irão passar normalmente pela classificação de risco.

O Sindicato dos Médicos da Paraíba (SIMED-PB) informou que vai convocar, para a próxima semana, uma Assembleia Geral Extraordinária com os médicos. Entre as reivindicações, está os valores dos salários e plantões contratados. Foi anunciado aos médicos das UPAS de João Pessoa o fim da gratificação Covid (para os concursados) e o fim dos valores de plantões Covid (para os contratados).
Os médicos sabem que houve uma redução dos casos e mortes, e que a saúde vive um momento bem diferente do enfrentado no auge da pandemia, mas afirmam que há um contra-senso nesse sentido, já que ainda está vigente na Prefeitura de João Pessoa o Estado de Calamidade Pública em relação a pandemia. De acordo com lei publicada em julho de 2020, a instituição da Gratificação Temporária de Emergência em Saúde Pública (GTESP) deverá durar o mesmo período do decreto.