João Azevêdo defende federação partidária e Cidadania pode se unir ao PSDB

Tese foi discutida em reunião da Executiva Nacional do partido, em Brasília, nesta terça-feira.

Foto: divulgação/Cidadania
João Azevêdo defende federação partidária e Cidadania pode se unir ao PSDB
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A Executiva Nacional do Cidadania avalia a possibilidade de se unir em federação partidária com o PSDB nas Eleições 2022 como estratégia para sobreviver à cláusula de barreira. O governador João Azevêdo (Cidadania) não impõe resistência à ideia. Ele participou de uma reunião em Brasília, ontem (26), com correligionários da legenda para debater o cenário político e os rumos do partido com as novas regras eleitorais.

O sistema de federação partidária permite aos partidos se unirem para atuar como uma só legenda nas eleições e na legislatura, devendo permanecer assim por um mínimo de quatro anos, sem a precisar de fundir. 

“Não vai ser fácil encontrarmos uma modelagem que atenda de forma satisfatória todas as necessidades, como romper a cláusula de desempenho, atrair pessoas que tenham condições de formar chapas com reais chances de sucesso e de como tratar as questões locais”, destacou o governador.

Para João Azevedo, após a decisão do partido será possível traçar estratégias com os estados. “Essa definição do processo é importante para começarmos a articular com os estados”, reiterou.

Apesar do aceno de João Azevêdo, uma ‘hamornização de interesses’ local já encontra resistência na Paraíba. Os tucanos são oposição ao seu governo. O presidente estadual do PSDB, o deputado Pedro Cunha Lima, tem reiterado que não há a menor chance de aliança com João Azevêdo. O tema veio à tona após a tese de composição do pré-candidato da oposição, Romero Rodrigues (PSD), com João para 2022.

O vice-presidente nacional do Cidadania, Rubens Bueno, afirmou que a aliança política com outras legendas, já em discussão no partido, deve estar alinhada com as propostas do Cidadania. “É preciso ter afinidade. Ainda temos as prévias do PSDB. A conversa com os partidos está adiantada, mas precisamos esperar alguns desdobramentos”, destacou.

O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, não participou da reunião para acompanhar o funeral da sua irmã, Ana Maria, em Recife. O líder do partido no Senado, Alessandro Vieira (SE), e as senadoras Eliziane Gama (MA) e Leila Barros (DF) também não estiveram presentes, em virtude da análise e votação do relatório final da CPI da Pandemia.