Tucanos cobram definição de Romero, mas já acionam Pedro como 'plano b' para 2022

O deputado federal e presidente estadual do PSDB, Pedro Cunha Lima, pode voltar a ser o nome das oposições na disputa ao governo da Paraíba, em 2022. A tese voltou a circular entre os tucanos após informações de que o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), estaria disposto a desistir da candidatura para firmar aliança com o governador João Azevêdo (Cidadania), que tentará a reeleição no próximo ano.

Pedro Cunha Lima disse que deve se reunir na próxima semana com Romero para saber quais seus planos políticos para o próximo ano. Até o momento, no entanto, o ex-prefeito continua sendo tratado pelos tucanos como o futuro candidato da oposição a João.

"Sempre busquei fazer o exercício de fortalecer o nome de Romero, já que na oposição a gente precisa ter essa unidade. O PSDB recuou da candidatura própria justamente para poder demonstrar que haverá essa unidade no campo das oposições. Enquanto o ex-prefeito Romero estiver colocando o seu nome como governador eu não encontro cenário senão fortalecer esse caminho", ponderou o presidente estadual do PSDB.

Ao Conversa Política, Pedro admitiu que reconhece que esteja havendo uma pressão da executiva nacional do PSD para que seja formalizada uma aliança com o Cidadania, mas que uma composição do PSDB com João Azevêdo, na Paraíba, é ponto irrevogável.

Estamos no campo das oposições e é preciso manter uma linha para que a gente possa continuar representando aquilo que a gente acredita. Então, o PSDB estará no campo das oposições", enfatizou Pedro.

Nome de Pedro

Caso Romero decida desistir da candidatura ou deixe o campo das oposições, o caminho natural é que os tucanos decidam por Pedro, que já foi colocado como possibilidade no passado. O deputado federal e presidente do PSDB de João Pessoa, Ruy Carneiro, defende a mudança, caso o ex-prefeito abra mão da disputa.

"Queremos dirimir duvidas desses boatos de lado a lado. Eu acredito na possibilidade de Romero governador, fez um grande trabalho no compartimento da Borborema, mas temos que ouvir a sua vontade. Ninguém é candidato a nada se não tiver no seu íntimo. Mas temos o nome de Pedro e podemos ter migração da situação para a oposição. Teremos outras opções", comentou.