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VIDA URBANA

Jovem negocia liberdade com acusado e diz que paga valor

Suspeito que ficou no cativeiro com Angélica, contou pra ela o quanto ele iria receber e aceitou uma proposta feita pela vítima.

Publicado em 08/11/2012 às 6:00

De acordo com informações da Polícia Civil, os acusados do sequestro da irmã de Hulk que joga pela Seleção Brasileira e no time Zenit, em São Petesburgo, na Rússia, pretendiam pedir R$ 300 mil para libertar Angélica Vieira. Um dos acusados, que ficou dentro da casa no bairro do Catolé com a vítima, contou pra ela o quanto ele iria receber e aceitou uma proposta feita pela vítima.

O delegado Henry Fábio contou que a vítima ofereceu a José Eliton o mesmo valor que ele receberia. “Angélica perguntou quanto ele iria receber e ele disse que receberia R$ 6 mil e então ela falou que pagaria pra ele o mesmo valor. A partir disso eles fugiram juntos”, disse. Ainda de acordo com Henry Fábio, durante as investigações a vítima não foi apontada como envolvida no planejamento do próprio sequestro.

Já o delegado adjunto de Roubos e Furtos, Gláuber Fontes, acrescentou que os acusados não chegaram a um acordo quanto aos valores que seriam divididos entre o grupo. “Eles pretendiam pedir R$ 300 mil para liberar a jovem, mas no momento em que acertavam a divisão não houve acordo quanto aos valores que cada um receberia”, revelou.

De acordo com Gláuber, sem um dos mentores do sequestro (Élio Pereira), os outros integrantes não sabiam o que fazer e se sentiram fracos, além de terem percebido que a polícia já estava no caso.

“Os outros envolvidos não sabiam como agir e rapidamente a casa foi caindo para eles, que além disso não conseguiram se entender nos valores, caso conseguissem receber o dinheiro do resgate”, contou.

Fuga de cativeiro

A estudante Angélica Vieira fugiu do cativeiro com o vigilante José Eliton na manhã da última terça-feira e pediu ajuda para o padre Saulo Rodrigues, do município de Picuí, no Seridó do Estado. Ele estava em Campina Grande realizando uma visita a outro padre.

Vítima estava nervosa

O padre Saulo Rodrigues contou que a vítima estava muito nervosa e na companhia de outro homem que se apresentou como vigilante da rua, mas na realidade se tratava de José Eliton, um dos acusados do sequestro. “Eu estava visitando uma paróquia que foi reformada e fui abordado pela vítima e um dos acusados, que se apresentou como vigilante da rua”, disse.

Movimentação na rua

De acordo com o padre, a vítima e o vigilante contaram tudo e pediram carona. “Eles estavam assustados e me pediram ajuda. Quando cheguei na rua da casa dela, no Alto Branco, me assustei com toda aquela movimentação e resolvi deixá-la na esquina. Em seguida, o vigilante pediu para descer nas proximidades da avenida Manoel Tavares”, contou.

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Jornal da Paraíba

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