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CULTURA

Pick-ups calientes na Vila

'Federação das Frequencias Graves' reúne Chico Correa, Maga Bo, Dolores e Furmiga Dub na Vila do Porto.

Publicado em 28/03/2014 às 6:00 | Atualizado em 16/01/2024 às 15:07

No ano passado, o pernambucano Dolores, o “paraibano” (nascido em Sergipe) ChicoCorrea e o “carioca” (nascido nos EUA) Maga Bo se uniram em uma festa na Vila do Porto, no Centro de João Pessoa, misturando batidas eletrônicas com temperos brasileiros, latinos e jamaicanos. “Foi divertido”, relembra Dolores, por telefone. “Teve o grau de experimentalismo certo”.

Hoje, os três voltam a se encontrar, desta vez na companhia do paraibano Furmiga Dub. Os quatro se reúnem na 'Federação das Frequencias Graves (FFG)', festa que acontece novamente na Vila do Porto, a partir das 23 horas. Para quem entrar até as 23h59, o ingresso custa R$ 15,00. Daí em diante, fica por R$ 20,00.

À tarde, a partir das 16 horas, Dolores, ChicoCorrea e Maga Bo batem um papo com o público sobre música independente e produção eletrônica no Espaço Mundo (Centro Histórico), como parte da programação do Grito Rock João Pessoa (veja mais na pág. 3).

A produção independente, Dolores conhece bem. “Eu me interesso muito por um tipo de música que é feita em casa, no computador. Para quem trabalha desse jeito, a produção é realmente independente”, comenta o produtor e DJ pernambucano, que compõe sua trilha utilizando praticamente apenas um computador Macintosh e seus programas.

Acompanhando de perto essa cena de música eletrônica caseira, ele tem visto trabalhos cada vez melhores envolvendo derivados do funk, do tecnobrega, do afrobeat e até da cultura nordestina, citando como bom exemplo, ChicoCorrea. “É uma produção muito intensa, muito dinâmica, que tá mudando o tempo inteiro”, opina.

Para ele, a qualidade dessa produção vem dos plugins (programas que otimizam o trabalho no computador) e do acesso à informação. “As pessoas compartilham bastante suas experiências na internet. Então quando você tem uma dúvida, procura um tutorial e aprende como fazer uma produção com melhor qualidade. Dessa maneira você tem mais possibilidades de gerar um som de verdade, gordo, pesado e bacana”.

TRILHAS DE FILMES

Dolores aproveita a passagem por João Pessoa para lançar Banda Sonora, projeto lançado no finalzinho de 2013 com patrocínio do Natura Musical que reúne as produções do pernambucano para trilhas de cinema.

“Eu comecei fazendo trilha para cinema”, recorda. ‘Minha primeira trilha foi para o primeiro filme de Kleber Mendonça Filho, Enjaulado (1997). Tem até uma música que tá no disco (‘Setúbal’) que abre o Enjaulado e fecha O Som ao Redor”, acrescenta, referindo-se a outro filme de Kléber que tem trilha assinada por ele.

O álbum, que pode ser baixado, de graça, pelo site de Dolores, e também teve uma tiragem de 800 cópias em vinil, reúne 15 anos de produção do músico que se tornou referência nacional misturando batidas modernas com ritmos regionais.

PRA DANÇAR

Se o roteiro seguir à risca a festa do ano passado, cada DJ terá seu setlist, mas não se espante se os quatro começarem a mixar juntos. “Espero que sim”, torce Dolores ao ser perguntado se eles pretendem repetir a dobradinha de 2013. “É a parte mais divertida, sem perder a batida e a levada. Mas é um tipo de improviso que não tem nada de cabeçuda não”, garante.

De fato, é festa para dançar. Os ritmos que ditam a produção caseira mencionada por Dolores se unem a ragga, dub, kuduro, dubstep - tudo misturado com sons regionais - para embalar as pick-ups do quarteto, um estilo definido por ChicoCorrea como "tropical beat".

"Meu set, como DJ, está cada vez mais fechado nesse perfil de produção de música brasileira e de gente que dialoga com elementos do país”, conclui Dolores.

Imagem

Jornal da Paraíba

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