VIDA URBANA
Modo de preparo das folhas interfere na ação do chá
Publicado em 04/12/2011 às 8:00
O modo de preparo do chá influencia nos resultados, segundo a farmacêutica e bioquímica Maria das Graças da Silva. Existem dois tipos, a infusão e a decocção. O primeiro é destinado para folhas, flores e partes moles da planta. Elas são colocadas na água depois de fervida. Após essa etapa, o recipiente é tampado entre cinco e dez minutos para poder abafar e soltar as substâncias da planta para o líquido.
Já o segundo, consiste no cozimento de raízes, cascas e sementes (partes duras) do vegetal. Nesse caso, o ingrediente utilizado para o chá precisa ser cortado em pedaços para facilitar a penetração da água no interior das raízes para poder liberar a quantidade de substâncias necessária para o tratamento.
“Geralmente, as pessoas colocam as folhas ou flores para cozinhar. O que é errado porque durante esse processo essas partes da planta perdem os óleos essenciais. Aquele cheiro que fica na cozinha é o sinal que o chá não terá o mesmo resultado, pois perdeu a qualidade no cozimento”, relatou a farmacêutica Maria das Graças.
A quantidade de partes da planta para fazer o chá deve variar de um a cinco gramas para 100 ml ou 120 ml. Essa medida não deve ser ultrapassada porque pode trazer malefícios para a população. “As pessoas precisam acabar com o mito de dizer só porque a planta é natural que não oferece risco a ninguém. Se for utilizado de forma exagerada vai trazer desvantagens para os consumidores”, comentou.
No caso dos chás industrializados, a quantidade ideal para fazer uma xícara da bebida já está medida. Mesmo tendo essa vantagem, Maria das Graças contou que os ingredientes frescos possibilitam melhores resultados. Em relação ao industrializado, ela informou que tem resultados, mas chega a 100% comparado ao anterior.
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