Saúde intensifica ações contra a dengue

As ações preventivas contra a dengue estão sendo intensificadas em Campina Grande, sobretudo nos bairros mais propensos à proliferação do mosquito Aedes aegypti. Nos três locais que registraram no último levantamento do índice de infestação da larva acima de 3%, Vila Castelo Branco, Jardim Continental e Nova Brasília, as ações estão sendo reforçadas.

Ontem foi a vez do Jardim Continental, novamente, ser contemplado com ações das equipes de vigilância ambiental da Secretaria de Saúde de Campina Grande. Os agentes de endemias, acompanhados dos educadores, visitaram os imóveis e realizaram um trabalho preventivo e repressivo.

Em várias residências, sobretudo nas situadas em locais onde as condições de saneamento básico ainda são precárias, as equipes encontraram novamente ambientes favoráveis à disseminação da doença. Pneus e recipientes abertos espalhados em quintais usados para criar animais estavam entre os problemas mais graves.

“As pessoas precisam fazer a parte delas. Não há como se vencer a dengue sem essa cooperação entre a sociedade e os agentes de vigilância. Por isso, estamos reforçando a parte de educação em saúde”, disse a técnica em Educação e Saúde Maria Suely da Silva.

A aposentada Cleonice Mendonça, de 67 anos, moradora daquele bairro, disse que procura fazer a sua parte, mas lamenta o fato de estar suscetível ao problema. “Já tive dengue no ano passado e sei que se o meu vizinho não cuidar do quintal dele, posso adoecer de novo. Tem que ter consciência das coisas”, falou.

A gerente de Vigilância Ambiental, Maria José Santos, informou que as regiões circunvizinhas dos bairros Vila Castelo Branco, Jardim Continental e Nova Brasília continuarão atendidas com ações educativas na próxima semana. “O trabalho de rotina continuará sendo feito nos 50 bairros da cidade e na zona rural, mas um trabalho especial deve ser feito nas regiões onde a situação é de alerta”, disse.

Ela informou que um novo Levantamento do Índice de Infestação Rápido do Aedes aegypti (Liraa) deverá ser divulgado no início de março. No mês passado, o Liraa detectou que o município encontra-se numa situação de baixo risco de transmissão da doença (1,0%), mas com a chegada das chuvas de verão é possível que a classificação seja alterada.