COTIDIANO
Ataques matam 18 bebês na Síria
Bombardeios deixaram pelo menos 50 mortos, entre eles 18 bebês que estavam em um hospital na cidade de Homs.
Publicado em 09/02/2012 às 6:30
Pelo menos 50 pessoas morreram em bombardeios na cidade de Homs, ontem, segundo a Comissão Geral da Revolução Síria. Os opositores afirmam que, em um dos ataques, 18 bebês foram mortos em um hospital, o que o governo sírio nega. A cidade passa por bombardeios intensos desde a última sexta-feira, com o uso de artilharia e carros de combate.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 5.000 pessoas, a maioria civis, já morreram na repressão aos protestos na Síria. O governo sírio diz enfrentar a ação de "terroristas armados" que, com apoio estrangeiro, tentam desestabilizar o país.
Mais cedo, a explosão de um carro-bomba em Homs, no centro da Síria, matou e feriu várias pessoas, entre civis e membros das forças de segurança. O número exato de vítimas não foi divulgado de imediato.
Autoridades informaram que perseguem "grupos terroristas" em Homs, grande foco da onda de contestação ao regime, acusando-os de estarem por trás da violência. No entanto, militantes sírios afirmam que o Exército realiza uma violenta campanha na cidade para reprimir a revolta.
FRANÇA
As promessas do presidente sírio Bashar Al Assad para a Rússia, de implementar reformas e encerrar os 11 meses de repressão contra os manifestantes, são "uma manipulação" que não merece o crédito da França, disse onte, o ministro Alain Juppé (Relações Exteriores). "Isso é uma manipulação e nós não vamos acreditar nisso", declarou Juppé.
O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, teve um encontro com Assad na última terça-feira, quando declarou que as duas nações pretendem recuperar os esforços da Liga Árabe para monitorar a situação do país, encerrar a onda de violência e implementar um programa de reformas.
MORTES DE CRIANÇAS
Pelo menos 400 crianças foram mortas na Síria desde o início da revolta contra o regime do presidente Bashar Al Assad em março de 2011, indicou ontem o Fundo dos Nações Unidas para a Infância (Unicef). Além disso, mais 400 crianças teriam sido detidas. “Segundo os números de que dispomos, dezembro foi o mês mais violento para as crianças na Síria”, declarou uma porta-voz do Unicef Marixie Mercado.
O Unicef está particularmente preocupado com a situação em Homs. Entretanto, a porta-voz declarou que o fundo não tem acesso à zona dos ataques e que, por isso, não pode avaliar o número de vítimas.
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