COTIDIANO
Tribunal Internacional decide julgar quatro quenianos
Entre acusados estão um vice-primeiro ministro e o ministro das Finanças.
Publicado em 24/01/2012 às 8:00
O Tribunal Penal Internacional (TPI) decidiu ontem julgar quatro quenianos, incluindo um vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, suspeitos de crimes contra a humanidade durante os confrontos que se seguiram às eleições presidenciais de 2007 no país. O vice-primeiro-ministro Uhuru Kenyatta, também ministro das Finanças e potencial candidato às eleições presidenciais no próximo ano, é acusado de ser “coautor indireto” dos crimes de assassinato, transferência forçada de população, violação, perseguição e de outros atos desumanos.
As mesmas acusações pesam sobre Francis Muthaura, 65 anos, braço direito do presidente do Quênia, Mwai Kibaki. “O tribunal considerou que existem motivos substanciais para acreditar” que William Ruto, antigo ministro do Ensino Superior e também candidato às eleições presidenciais de 2013, é “responsável como autor indireto” pelos crimes de assassinato, de transferência forçada de população e perseguição, declarou a juíza Ekaterina Trendafilova quando lia a decisão do TPI.
O apresentador de rádio Joshua Arap Sang, 36 anos, também vai ser julgado. Dos seis suspeitos, o TPI decidiu não julgar dois por considerar insuficientes os elementos de prova apresentados: o antigo ministro da Industrialização Henry Kosgey, 64 anos, e o chefe da polícia na época Mohammed Hussein Ali, 56 anos. Mais de 1,2 mil pessoas morreram durante os violentos confrontos.
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