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Alimentos influenciam disposição no trabalho; veja dicas saudáveis
Saiba como o que você põe no prato está ligado à queda de produtividade.
Publicado em 27/03/2011 às 8:00
Karoline Zilah
Quem nunca teve preguiça na hora de se levantar para trabalhar? Você adia o despertador por mais 10 minutinhos para ficar um pouco mais na cama? Já no ambiente de serviço, geralmente bate aquela falta de ânimo, os bocejos são incontáveis e a sonolência é quase certa depois do almoço.
Se você se identifica com estas situações, é bom prestar atenção no que come. Pode não parecer, mas a indisposição no trabalho pode estar diretamente relacionada com a alimentação. Segundo a nutricionista e professora da Universidade Federal da Bahia, Linda Susan, a falta de pique pode estar ligada ao que o trabalhador serve em seu prato.
Nutricionista diz que alimentos influenciam em humor na hora do trabalho
Para os especialistas, três cuidados são extremamente importantes para garantir que o profissional tenha mais concentração e consiga ser mais produtivo: a qualidade dos alimentos que ingere, a quantidade e os horários.
“Se as pessoas são o que elas comem, a ingestão dos alimentos errados pode exercer uma influência negativa em seu desempenho profissional”, explica a nutricionista.
Qualidade
Os lanches calóricos e industrializados nos intervalos do trabalho também são bastante populares. Mas até que ponto este cardápio interfere na sua disposição no ambiente de trabalho?
Linda comenta que os alimentos de fácil digestão dão mais leveza e energia. Já aqueles mais 'pesados' podem causar mal-estar e comprometer a produtividade. De um lado, estão os alimentos integrais e com fibras, as frutas, verduras e legumes; do outro, a carne vermelha e as comidas gordurosas.
Para a hora do lanche, comer frutas é a escolha mais acertada. Quanto maior a variação, melhor. Com relação aos biscoitos, salgadinhos de pacote, balas e chicletes, o ideal é cortá-los do cardápio ou substitui-los por versões mais saudáveis, como bolachas integrais.
Depois do almoço, até uma sobremesa de leve é permitida. Além de menos calórico, um chocolate amargo ou meio-amargo faz bem ao coração e ao humor. Ele é estimulante e libera serotonina, substância ligada à sensação de prazer e bem-estar, aliviando a ansiedade.
Tanto o sal de cozinha quanto o açúcar devem ser consumidos com cautela. “O sal porque retém líquidos, provoca inchaço e eleva a pressão arterial. Já o açúcar provoca o aumento da glicemia e provoca gases, deixando aquela sensação estomacal de que você 'comeu um elefante'', complementa a especialista.
Porções e horários
Um dos erros mais frequentes, segundo a nutricionista, é não tomar café e compensar comendo mais do que deve no almoço. Não tem erro: você terá sono bem no horário de retornar ao trabalho. O mesmo acontece quando não há uma pausa para o lanche.
“Quem não lancha no meio da manhã ou da tarde vai ter vontade de exagerar no almoço ou no jantar. Uma refeição muito pesada pode comprometer o desempenho profissional porque a digestão acaba consumindo muita energia e gerando a sensação de fadiga e sono”, detalha Linda.
Portanto, a nutricionista recomenda que o profissional faça seis refeições ao dia, a cada três horas. Ele deve intercalar o café da manhã, o almoço e o jantar com lanches leves que reduzem a fome. "Se não for respeitado esse limite, o profissional pode desacelerar o seu ritmo de trabalho em consequência da falta de energia, causada pela ausência de alimento no organismo", revela.
Uma noite mal dormida é capaz de arruinar o humor no dia seguinte no trabalho. Para evitar a insônia, a dica para o último lanche do dia é tomar líquidos que colaborem com um sono tranquilo, a exemplo do chá (cidreira, camomila, casca de laranja ou maçã) e do leite morno com canela ou caramelizado.
Outros hábitos também podem colaborar para uma noite calma, como uma leitura leve, não muito densa, ajudam a relaxar.
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