1,1 mil mulheres fazem tratamento contra câncer

Em torno de 1,1 mil mulheres estão, atualmente, realizando o tratamento para o câncer de mama, no hospital Napoleão Laureano, referência no serviço oncológico pelo Sistema Único de Saúde (SUS), na Paraíba. A estimativa do Ministério da Saúde (MS) é que, neste ano, surjam 650 casos novos de câncer de mama no Estado. Esse é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres e os números de novos diagnósticos crescem cerca de 10% a cada ano, nacionalmente.

“Um dado preocupante é que as mulheres estão sendo acometidas pela doença cada vez mais cedo. Antes, era a partir dos 40 anos. Hoje, já vemos a partir dos 30. O mesmo acontece com o câncer de próstata, nos homens”, afirmou o diretor do hospital Napoleão Laureano, João Batista Simões.
Não há prevenção para o câncer de mama, nem há causas específicas para seu surgimento. No entanto, há algumas suposições para o crescimento da doença, sobretudo em pessoas mais jovens. “A alimentação com muito hormônio e gordura animal, o estresse e histórico familiar são muito importantes para o desencadeamento do câncer de mama e o de próstata”, afirmou João Simões. Essas suposições ajudam na prevenção, principalmente para as mulheres que têm casos de câncer na família.

Dessa forma, João Simões destaca que a melhor forma de ter sucesso no tratamento do câncer de mama é fazendo o diagnóstico precoce. “As campanhas de esclarecimento sobre o autoexame são muito importantes. Às vezes, as mulheres só procuram o médico quando o nódulo já está grande. O quanto antes for feito o diagnóstico, melhor o tratamento”, afirma o médico, destacando que dependendo do grau da doença pode ser retirado apenas o tumor ou, nos casos mais avançados, toda a mama.

Além do autoexame, as mulheres devem consultar o médico anualmente, e fazer, além da mamografia, o ultrassom mamária. “O ultrassom é também um exame muito importante, de mais fácil acesso e mais barato”, disse João Simões.

A mamografia é um exame mais especializado, no entanto, o acesso pelo SUS é demorado. Como a rede pública possui poucos equipamentos, a espera pela realização do exame pode chegar a 6 meses, como denunciou o Jornal da Paraíba, na edição da última quarta-feira, 5 de outubro.