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VIDA URBANA

Prematuros: a luta pela vida de bebês que chegam ao mundo antes da hora

Número de prematuros no Estado ainda é alto. No ano passado foram registrados 6,2 mil nascimentos precoces. 

Publicado em 25/11/2015 às 11:05

Dezesseis bebês prematuros nascem todos os dias na Paraíba, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES). A chegada antes da hora os torna frágeis, indefesos. A sobrevivência, muitas vezes, é incerta e dolorosa. Dentro da incubadora, os tímidos movimentos denunciam a prematuridade. Por dias e semanas, os aparelhos se tornam aliados para garantir a respiração. Enquanto isso, mães e pais alimentam o desejo de levá-los para casa. Desejo interrompido pelo alerta dos médicos que dizem ainda não ser o momento de ir embora. É preciso ficar um pouco mais, ganhar peso e se desenvolver.

A realidade dramática dos bebês prematuros nas maternidades da Paraíba sensibiliza, emociona e pede a efetivação de políticas públicas para garantir os direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) desde as primeiras horas de vida. A prematuridade é uma das principais causas de mortalidade entre recém-nascidos, por isso ter unidade de saúde bem estruturadas é essencial para garantir o direito à vida e à saúde.
Segundo o juiz da 1ª Vara da Infância e Juventude de João Pessoa, Adhailton Lacet, os direitos da criança e do adolescente começam antes mesmo do nascimento, com a assistência pré-natal às mães. Ao nascer, os bebês, sobretudo os prematuros, devem ter um ambiente preparado para recebê-los. As cidades de João Pessoa e Campina Grande concentram os partos na Paraíba, tendo em vista que a maioria dos municípios não possui maternidades.
O número de prematuros no Estado ainda é alto. No ano passado foram registrados 6,2 mil nascimentos precoces. Este ano, a conta já ultrapassa 4,9 mil bebês nascidos antes das 36 semanas de gestação. No Instituto Cândida Vargas (ICV), em João Pessoa, de janeiro a outubro deste ano foram contabilizados 1.034 partos prematuros, segundo levantamento oficial da maternidade. A taxa de mortalidade neonatal precoce (antes dos sete dias completos de vida) é de 16,92%.
No ICV, a reportagem do JORNAL DA PARAÍBA conheceu histórias de dor e superação de alguns desses bebês e suas mães, conforme relatos a seguir.
Imagem

Jornal da Paraíba

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