José Maranhão toma posse e volta ao Governo para terceiro mandato

Phelipe Caldas

José Maranhão (PMDB) já é o novo governador da Paraíba. Ele foi empossado oficialmente no início da noite desta quarta-feira (18), em sessão solene realizada na Assembleia Legislativa da Paraíba e comandada pelo presidente em exercício da Casa, o deputado estadual Ricardo Marcelo (PSDB).

Maranhão foi empossado no poder executivo paraibano 25 meses depois do início do mandato e 18 meses depois do governador Cássio Cunha Lima (PSDB) ser cassado pela primeira vez pelo Tribunal Regional Eleitoral, sob a acusação de conduta vedada e distribuição irregular de cheques, a partir de um programa assistencialista sem critérios pré-estabelecidos e sem previsão orçamentária.

A posse na Assembleia foi bastante concorrida e cercada por especulações sobre quem serão os deputados estaduais da bancada de sustentação do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) que em breve já poderá aderir para o grupo maranhista.

Isto porque, em vários momentos do dia os parlamentares da nova situação peemedebista diziam que vão brigar para ser maioria no legislativo paraibano.

Outra especulação que rondou a posse do governador peemedebista foi em relação sobre qual será seu novo secretariado, mas José Maranhão fez questão de dizer que só nos próximos dias vai anunciar a lista completa dos auxiliares.

Entenda o caso

O governador Cássio Cunha Lima (PSDB) foi candidato a reeleição nas eleições de 2006 e teve como principal adversário o senador José Maranhão (PMDB). A disputa foi extremamente acirrada e o tucano acabou vencendo: por uma diferença de pouco mais de 15 mil votos no primeiro turno e por uma diferença de pouco mais de 50 mil votos no segundo turno.

Acontece que os advogados do Partido Comunista Brasileiro questionou um programa assistencial criado pelo governador no ano das eleições. Tratava-se do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, que em parceria com a Fundação de Assistência Comunitária distribuiu mais de 35 mil cheques a carentes e a não carentes.

O processo pedia a cassação do governador, por alegar que a distribuição dos cheques foi fundamental para mudar o resultado final do pleito. Após vários meses de disputas e pendengas jurídicas, o governador foi deposto do cargo pelo Tribunal Superior Eleitoral.