VIDA URBANA
MP investiga abertura de covas junto a muros e 'empréstimos' de jazigos
Promotora dá 15 dias para Prefeitura de Pocinhos tomar providências sobre problemas em cemitério.
Publicado em 09/02/2018 às 11:15 | Atualizado em 09/02/2018 às 16:35
A existência de covas muito próximas a muros que separam o cemitério de casas da vizinhança é alvo de uma investigação do Ministério Público em Pocinhos, no Agreste da Paraíba.
Outra situação observada pela promotora de Justiça Fabiana Alves Mueller é o hábito de enterrar mortos em 'valas emprestadas'. Segundo ela, o quadro é gerado porque cemitérios antigos operam, em sua maioria, no máximo de sua capacidade.
A Promotoria de Justiça da cidade instaurou um procedimento administrativo para acompanhar o funcionamento do cemitério, administrado pela prefeitura. A promotoria vai oficiar à administração do Cemitério Público de Pocinhos para que, no prazo de 15 dias, apresente informações quanto a sua capacidade, e regularidade às normas sanitárias e ambientais.
As situações observadas, segundo ela, potencializam o risco de contaminações do solo e subsolo, "sem contar com o grave desrespeito à dignidade humana".
Parceria
O líder do governo na Câmara Municipal, Ramatis Chaves Costa, que é irmão do prefeito Cláudio Chaves, disse que não é verdade os corpos sejam enterrados em locais inadequados, mas reconheceu que não há mais vagas para novas covas.
Diante disso, a prefeitura está fazendo um Parceria Público-Privada (PPP) com a empresa Digna para adquirir uma nova área e ampliar o antigo cemitério no bairro Cacimba Nova. "Esta parceria vai ser feita rapidamente e a população terá mais espaço no antigo cemitério para enterrar seus entes queridos", disse o parlamentar.
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