VIDA URBANA
Município paraibano não tem delegacia e conta com apenas dois policiais
São apenas dois policiais para 2.841 habitantes, média de um policial para cada 1.420 pessoas.
Publicado em 23/01/2012 às 17:22
Imagine uma cidade sem delegado, sem posto policial, com apenas uma viatura e dois agentes. Parece coisa pacata, de poesia bucólica, mas a realidade do Lastro não escapa à violência. Moradores desse município paraibano, situado no alto Sertão, a 31km de Sousa, mostram-se preocupados com os crescentes casos de assaltos que assolam as cidades do interior do Estado, inversamente proporcional às condições de segurança oferecidas. São apenas dois policiais para um total de 2.841 habitantes (conforme dados do IBGE), ou seja, uma média de um policial para cada 1.420 pessoas.
Para Dona Maria de Lourdes de Oliveira, que mora na zona rural, no sítio Algodões, a situação parece ainda mais alarmante. “Daqui que cheguem por aqui, com apenas dois policiais... ou tomam conta de lá ou tomam conta daqui”, afirmou a funcionária pública, cuja opinião foi compartilhada por um morador da área urbana. “Eu acho que apenas dois policiais não são suficientes para a garantia dos lastrenses aqui em nosso município”, acrescentou o professor Antônio Sarmento.
O comandante do 14° Batalhão da Polícia Militar em Sousa, João Henrique Plutarco, confirmou a existência de apenas dois policiais nas ruas do Lastro diariamente. “Na verdade, são seis policiais militares que fazem essa parte do destacamento, mas a escala funciona num sistema de 24 horas de trabalho para 48 horas de folga, então acabam ficando lá apenas dois agentes”, esclareceu. “Existem duas guarnições de choque, daqui de Sousa, que passam dando apoio, inclusive em Lastro e Santa Cruz, sempre temos reforços circulando nessas cidades”.
Ainda não há uma data anunciada para a nomeação de novos agente policiais para o município do Lastro. Porém, segundo o comandante, a situação deve avançar apenas no segundo semestre. “Temos turmas de policiais em formação em Cajazeiras e no Batalhão de Patos. Certamente, depois de formados devem ser distribuídos para a nossa unidade e encaminhados para essas cidades”, adiantou.
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