VIDA URBANA
Hospital da FAP tem cirurgias e consultas suspensas após atraso em repasse financeiro
Cerca de 100 procedimentos deixaram de ser realizados por falta de pagamento aos médicos.
Publicado em 16/02/2018 às 9:13 | Atualizado em 16/02/2018 às 17:51
Pelo menos 100 procedimentos entre consultas e cirurgias para pacientes com câncer deixaram de ser realizados da última quarta-feira (14) até a manhã desta sexta-feira (16), no Hospital da Fundação Assistência da Paraíba (FAP), na cidade de Campina Grande. Segundo a direção da FAP, a suspensão dos procedimentos ocorre em questão da paralisação de médicos por causa do atraso no repasse de cerca de R$ 2 milhões pela Prefeitura de Campina Grande para unidade. O setor de hemodiálise, no entanto, não está paralisado.
De acordo com o presidente da FAP, Hélder Macedo, a situação é preocupante e pode prejudicar o tratamento de pacientes que são acompanhados pela unidade em Campina Grande. “Sabemos da importância do funcionamento do pronto atendimento para quem tem doença oncológica, inclusive, existe uma legislação específica que regula esse atendimento em até 60 dias a partir da descoberta e confirmação da doença. Nós estamos apreensivos com essa situação, a decisão de paralisação pelos médicos foi informada previamente e isso ocorre desde a última quarta-feira, tentamos demover a decisão, mas sem sucesso”, contou.
A expectativa segundo Hélder Macedo é que a situação seja resolvida até o início da próxima semana. “Esperamos que até a próxima semana essa situação seja resolvida, existe uma falta de pagamento para os médicos pelo Sistema Único de Saúde (Sus), ou seja, referente a secretaria de saúde municipal de Campina Grande, mas nós esperamos a sensibilidade da secretária e o esforço para prover esses recursos para o pagamentos desses profissionais”, revelou o presidente da FAP.
Segundo a secretaria de Saúde de Campina Grande, o atraso no repasse financeiro com a FAP existe e deve ser quitado no início da próxima semana. O motivo do atraso não foi explicado. O valor recebido pela FAP através do SUS é estimado em R$ 2 milhões, sendo dividido entre Ministério da Saúde e Prefeitura Municipal. O atraso corresponde apenas a parte de responsabilidade do município.
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