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Pouco conhecido, Ademir é o brasileiro que mais fez gols em uma única Copa do Mundo
Pernambucano marcou oito gols na Copa do Mundo de 1950,.
Publicado em 17/02/2018 às 12:00 | Atualizado em 17/02/2018 às 14:08
Você sabe quem foi o homem que marcou mais gols do que qualquer outro brasileiro em uma única Copa do Mundo da Federação Internacional de Futebol (FIFA)? Não é, como você poderia esperar, Ronaldo, Jairzinho, Romário ou mesmo o grande Pelé. O pernambucano Ademir Marques de Menezes acabou não entrando para o hall das grandes estrelas do futebol brasileiro por causa de uma fatídica partida.
Julgando puramente em suas façanhas e atributos, este destacado centro-avante deve estar reunido ao lado de "O Rei", "O Fenômeno" e esses outros ícones. Ele era rápido, poderoso, extraordinariamente habilidoso e, como a Copa do Mundo de 1950 sublinhou, mortal na frente do gol. A estrela do Vasco da Gama terminou confortavelmente esse torneio como seu melhor marcador, com o seu recorde de oito gols - ainda um recorde brasileiro - deixando-o três gols longe de seu desafiador mais próximo do 'Chuteira de Ouro'.
Em uma única partida, contra a Suécia, Ademir marcou quatro gols. Um torcida exatalda de mais de 130 mil pessoas no Maracanã vibraram a cada aparição de seu herói, que deixava seus oponentes batendo com seus truques inteligente e mudanças de direção. Há quem diga que Ademir foi o responsável pela mudança da defesa de três homens para uma composta por quatro jogadores que ofereceu, se nada mais, uma maior proteção em números.
Segundo o jogador do Flamengo, maior rival do Vasco da Gama, Evarista de Macedo, Ademir, em sua época, foi o melhor jogador do mundo. "Quando ele chutava a gol, ele não falhava", conta. Mas, claro, havia uma partida em que Ademir ficou aquém, e é esse jogo único e infame que serviu para diminuir sua lenda.
O rei do gol do Brasil, que marcou um truque da cartola na partida final da seleção brasileira no Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1949 - quando o Brasil derrotou o Paraguai por 7 a 0 - encontrou-se contrariado e frustrado no derrota de 1950, quando o Uruguai arrebatou o Troféu de seus anfitriões atordoados. E, enquanto aquele jogo notório, 'o Maracanaço', marcaria a história da Copa do Mundo, Ademir - o brilhante vencedor do Chuteira de Ouro do torneio - encontrou sua colossal contribuição reduzida a uma nota de rodapé.
Tão injusto como seja, foi uma lembrança de quão importante um jogo na Copa do Mundo pode ser. Como Flavio Costa, então treinador do Brasil, disse: "Se ganhássemos essa partida, Ademir seria reconhecido como um dos maiores jogadores da história".
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