VIDA URBANA
CG: comércio fechado
No 'Dia do Comérciario' em CG apenas alguns estabelecimentos como bancos e farmácias 24h funcionaram normalmente.
Publicado em 21/08/2012 às 6:00
Os moradores de Campina Grande que precisaram dos serviços do comércio ontem encontraram praticamente todas as portas dos estabelecimentos fechadas em detrimento ao Dia do Comerciário. Isso porque apenas as farmácias 24 horas atenderam normalmente os clientes, assim como os pontos comerciais dos bairros, que segundo o Sindicato dos Comerciários, ambos, devem funcionar com seus funcionários em escala de plantão, pagar abono salarial e não abrir durante o dia de hoje. Apenas bancos, cinema e praça de alimentação dos shoppings funcionaram normalmente.
De acordo com José do Nascimento Coelho, presidente do sindicato, mais de 90% dos proprietários de lojas respeitam o feriado, apesar de alguns estabelecimentos ainda abrirem as portas pelo menos até o meio dia. “No ano passado, nós recebemos algumas denúncias e fomos verificar se estava havendo um descumprimento do acordo do feriado”, explicou o presidente, que confirmou que se for notificada alguma irregularidade, o estabelecimento pode ser multado.
Para celebrar a data, além das comemorações que fizeram parte da programação do dia na unidade do Sesc Açude Velho, foi empossada a nova direção do Sindicato para o período de 2012/2015. Atualmente, segundo dados da entidade que representa a categoria, existem cerca de nove mil trabalhadores no comércio, sendo que quase sua totalidade recebe apenas o piso salarial, que é de R$ 640,00, valor considerado baixo pela direção sindical que afirmou pretender ampliar as discussões com os proprietários das lojas para reajustar o valor.
“Nossa luta não é só em relação às questões da melhoria nas condições de trabalho, mas também para que haja a valorização do piso da categoria. Uma pesquisa do IBGE revelou que a Paraíba tem a pior média salarial do nordeste, isso é preocupante já que em estados considerados mais pobres os trabalhadores estão sendo mais valorizados”, acrescentou José Coelho.
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