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CULTURA

O sagrado 'corpo negro'

A Cultura africana entra em cartaz no Museu Assis Chateaubriand; exposição do mineiro Antônio Sérgio Moreira será aberta nesta quarta-feira (5).

Publicado em 05/09/2012 às 6:00


Em janeiro, a Paraíba ganhou mais uma comunidade quilombola reconhecida pelo Incra: o quilombo Pedra D'Água, em Ingá (Agreste). A profusão destas comunidades afrodescendentes no território do Estado é uma das razões que justificam, segundo o artista Antônio Sérgio Moreira, de Belo Horizonte, a execução da exposição Objeto/Oriki: Corpus + Habitus = Arte no Museu Assis Chateaubriand (MAC), da UEPB, em Campina Grande.

A exposição, um compilado de 18 trabalhos em técnica mista sobre tecido, recebeu o 2º Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-Brasileiras, edição 2011/2012, está em cartaz no MAC até o dia 7 de outubro. De acordo com Moreira, na abertura, hoje, às 20h, o espaço do museu será "ressignificado com a cultura e a religiosidade africana": "Vai ser um momento especial porque o espaço será ocupado por objetos sagrados e toda uma dinâmica de materiais que está circunscrita nesta vivência com o sagrado", conta Moreira, que realizou a mostra individual pela primeira vez em Belo Horizonte (MG), em 2010, mesmo ano em que ela abriu a programação do Museu da Abolição, no Recife (PE), onde permaneceu aberta para visitação durante quatro meses.

Apesar da temática mística, a exposição, como frisa o artista, não é religiosa. "Falo do sagrado, mas não estou pregando religião para ninguém. As artes plásticas oferecem este espaço para falar da arte da religiosidade, de uma arte e de uma poesia que fazem parte da vida das pessoas".

IDA AO MERCADO
De saída do MAC para o mercado público de Campina Grande, onde iria adquirir parte dos objetos que irão compor o acervo de Objeto/Oriki, Sérgio Moreira ainda ressaltou o caráter atual da exposição como veículo de divulgação do que chamou de 'corpo negro'.

"Ainda que a Paraíba não tivesse esta identificação com as comunidades quilombolas, a presença negra se afirma em toda a cultura brasileira, sobretudo em um contexto em que temas como o preconceito contra as minorias está sendo tão discutido".

A vinda do Sudeste para o Nordeste foi, também, uma forma de questionar a centralização do cânone das artes plásticas no Sudeste.

"O prêmio que conquistei em 2010 previa a execução da mostra ou em Belo Horizonte, onde eu já tinha exposto, ou em outro lugar que tivesse uma história com a diáspora africana. Escolhi um lugar que fugisse do centro Rio-São Paulo-Minas".

Moreira é autodidata e discípulo de Wesley Duke Lee e Rubens Gerchman,

Imagem

Jornal da Paraíba

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