Empresas de Radiodifusão realizam encontro setorial em Patos

Damião Lucena
Especial para o Paraíba1

A Associação das Empresas de Radiodifusão do Estado da Paraíba (Asserp) promoveu na tarde do último domingo (7), reunião setorial no auditório do Shopping Guedes, na cidade de Patos, com a participação de representantes de várias regiões da Paraíba, sob a presidência de Eduardo Carlos.

O primeiro ponto da pauta foi uma avaliação do 25º Encontro Nacional de Radiodifusão, que aconteceu no mês de maio em Brasília, a partir das discussões com representantes da Secretaria Nacional de Comunicação, oportunidade em que surgiu a ideia de criação de uma Cooperativa, em substituição aos representantes comerciais de Brasília, decorrente das quedas substanciais nofaturamento.

Com esta nova estrutura de representação, além de uma comissão de 15%, ao invés dos 20% que vinham sendo praticados, os recursos da cooperativa terão a seguinte destinação: 50% para um Fundo Permanente, 30% para cursos etreinamentos e 20% para rateio entre os seus associados.

O Eduardo Carlos deixou claro que a diretoria da entidade defende a proposta, mas cabe aos associados decidirem pela adesão. A cooperativa já foi adotada nos Estados de Santa Catarina e Pernambuco, com escritório montado em uma sala do Brasil 21, incluindo uma central de notícias que substitui a Rádio WEB, com previsão deliberação do CNPJ para a próxima semana.

Na Paraíba, algumas empresas, de forma isolada, já integram a referida organização, mas a ideia principal gira em torno de uma decisão em bloco via associação, que tem dado provas concretas de atuação, além das questões de caráter meramente administrativo. Um demonstrativo de 2008 comprova a afirmação, através da representação comercial: dos 750 mil de faturamento apenas 146 foi fruto da ação da empresa Central do Rádio e para 2009, a previsão indica 1.000.000,00, com 90% sob a batuta da Asserp.

Outra questão também tratada em nível nacional disse respeito à definição do Sistema de Rádio Digital, com a sinalização do Ministério das Comunicações, assumindo que ainda este ano teremos a sua consolidação.

No tocante as rádios AM, Eduardo reconheceu uma grande movimentação dos seus proprietários, com relação à perspectiva de utilização dos canais analógicos de televisão que ficarão ociosos, a partir da nova definição de imagens, os quais poderão ser transformados em sinais de FM, admitindo que trata-se apenas de uma das lutas da categoria, haja vista as grandes dificuldades enfrentadas com o iminente risco de saída de mercado.

Com relação a uma denúncia surgida em Patos, dando conta de que as notas fiscais emitidas pelas emissoras de rádio não mais estariam na alçada da prefeitura e sim da coletoria, entendimento que o Governo do Estado não tem, criando uma indefinição e consequente impossibilidade de faturamento, Eduardo Carlos disse que trata-se de uma novidade, até certo ponto estranha, mas fará consulta ao Departamento Jurídico da Asserp e da Abert, para orientar os procedimentos.

Instado a falar sobra à clandestinidade que se apresenta como o grande calo dos veículos regulares, o presidente da Asserp disse que é difícil imaginar onde está a irregularidade. “Você sabe que a clandestinidade existe, mas não consegue dimensionar. É visível de que as rádios piratas estão em todos os lugares sem aação concreta das autoridades”. Relembrou que muitos dos prefeitos que estão anunciando em rádios irregulares terão problemas no futuro com relação ao Tribunal de Contas, ou seja, contratação de empresas que não existem.

Com relação aos proprietários de rádios regulares que desejam integrar a Asserp, o presidente disse que o bastante é se dirigir à sede da entidade, fazer uma inscrição básica e em sendo do interior pagará uma mensalidade de apenas 53 reais e em nível de Capital 104 reais.

Por fim, o presidente da Asserp, apresentou a Campanha Publicitária em comemoração aos 15 anos da entidade, que deverá ter duração de 90 dias, através da veiculação em rádioTv e jornais, com início previsto para julho.