CULTURA
A volta ao 'Abismo'
Dois espetáculos estão em cartaz no Centro Estadual de Arte e no Centro Cultural Piollin em João Pessoa. Confira.
Publicado em 23/08/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 16:20
"Quem é mais forte? Quem é mais fraco? O homem ou a mulher? A tartaruga ou o caracol?", provocam, por e-mail, os atores Joevan Oliveira e Ana Valentim. Subvertendo a ordem e o convencional, a dupla volta ao Centro Estadual de Arte (o Cearte, ao lado do Mosteiro São Bento) para a reestreia de Abismo em João Pessoa.
O espetáculo, que estreou em março, retorna ao espaço para uma temporada breve, de quatro semanas, às sextas-feiras, sempre às 19h, até o dia 20 de setembro (no dia 6 de setembro, véspera de feriado, excepcionalmente, não haverá sessão). Os ingressos custam R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia).
Derivado do contato da dupla com o Teatro do Absurdo na universidade, mais especificamente a obra Délire à Deux (1962), de Eugène Ionesco (1904-1994), a peça dos colegas coloca dois personagens ao acaso em um dia que evoca suas contradições interiores e sentimentos de incerteza.
Abismo tem forte apelo visual, explorado a partir de um trabalho de figurino (concebido pelo próprio elenco e confeccionado por Maria Bezerra) e maquiagem (a cargo de Williams Muniz).
A trilha sonora é de Matteo Ciacchi, que oferece uma amostra de compositores do pós-guerra, quando o Teatro do Absurdo eclodiu na Europa e gerou dramaturgos como Ionesco e Artaud (1896-1948).
TCHEKHOV NA PIOLLIN
O Duelo, que marca o retorno aos palcos da atriz Camila Pitanga, segue em cartaz no Centro Cultural Piollin até o domingo. A peça, adaptação da Mundana Cia. para a novela de Anton Tchekhov (1860-1904), tem apresentações hoje e amanhã, às 20h, e domingo, às 19h.
Em cena, Pitanga vive Nadejda Fiódorovna, que foge com o amante (Aury Porto) para uma pequena localidade no Cáucaso, às margens do Mar Negro. A montagem foi dirigida por Georgette Fadel e elaborada a partir de uma residência artística que o grupo fez no Ceará.
Segundo Aury Porto, o processo envolveu uma espécie intercâmbio de cenários e personagens entre a Rússia e o Ceará, ligados pelo fator climático, que tem papel protagonista no texto.
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