Marquise desaba e fere seis

Seis pessoas, dentre elas uma criança de 5 anos, ficaram feridas após o desabamento de uma marquise de um frigorífico na manhã de ontem, em uma das entradas da Feira Central de Campina Grande. O Corpo de Bombeiros foi acionado e isolou a área, uma vez que a estrutura ficou comprometida e há risco de novos desabamentos. Uma perícia será feita no prédio para apurar as causas do desmoronamento, bem como nos dois imóveis vizinhos, que também podem estar com a estrutura comprometida. Na edição da última quinta-feira, dia 18, o JORNAL DA PARAÍBA publicou matéria alertando sobre o perigo das marquises.

Os feridos foram atendidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levados para o Hospital de Trauma de Campina Grande. Quatro deles eram homens, que trabalhavam na manutenção de equipamentos em cima da marquise no momento do desabamento. Além deles, uma mulher e sua filha, que estavam sentadas próximo ao local também foram atingidas pelos escombros. Ao falar sobre o acidente, Rosenilda da Costa Izidro, de 29 anos, disse que tudo ocorreu muito rápido e só pensou em proteger a menina, que, assim como ela, só teve ferimentos leves.

Procurados pela reportagem do JORNAL DA PARAÍBA, a gerência e os demais funcionários do estabelecimento informaram que não estavam autorizados a falar sobre o assunto.

Apesar de não haver ainda um parecer oficial, o engenheiro Geraldo Magela, representante do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Campina Grande (Crea-CG), disse que esteve no local e identificou algumas irregularidades na estrutura do estabelecimento. Segundo Magela, a estrutura das ferragens da marquise é inadequada. Para ele, o cálculo da quantidade de material foi feito de forma equivocada. Outro ponto observado pelo engenheiro diz respeito à existência de equipamentos de refrigeração em cima da marquise, o que é proibido, uma vez que essas estruturas não comportam peso.

VISTORIA
Geraldo Magela informou ainda que o Crea já convocou a Prefeitura de Campina Grande, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil para uma reunião na próxima segunda-feira. Ele disse que irá propor que em conjunto esses órgãos façam uma vistoria geral nas marquises da cidade, especialmente as da região central para evitar novos desabamentos. No caso do frigorífico, o representante do Crea disse que vai pedir a interdição do prédio, já que a estrutura está bastante comprometida. Os prédios que ficam ao lado do frigorífico também passarão por inspeção, já que a marquise de um deles sofreu rachaduras por conta do impacto do desabamento.