Falta controle de pragas na capital

Em pleno período chuvoso na Paraíba, no qual há maior risco de contaminação por dengue e outras pragas, os moradores de bairros da Zonal Sul de João Pessoa estão reclamando da falta de controle vetorial por meio dos agentes de Vigilância Ambiental.

Conforme a população, em áreas como Água Fria a visita dos agentes chega a acontecer sem regularidade, deixando as localidades em clima de insegurança. “O sentimento de insegurança é grande, mesmo para mim que cuido bem das minhas plantas aquáticas. Os agentes de fiscalização até passaram aqui em fevereiro, mas antes disso eles só haviam passado no meio do ano passado. É muito tempo sem controle”, disse a geógrafa e contadora Maria das Neves Ferreira Lopes, moradora do bairro em questão.

Já na casa de Francinalda dos Ramos, moradora do bairro de José Américo, as visitas são mais regulares - mas ela contou que isso acontece há apenas alguns meses. “Agora os agentes vêm a cada dois meses, mas isso foi de um ano para cá. Antes realmente vivíamos com medo, ainda mais por causa da mata fechada aqui ao lado, que é um criadouro de mosquitos”, afirmou.

Conforme a chefe da Seção de Controle de Vetores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Nara Arruda, por sua vez, “temos informações que comprovam a periodicidade das visitas dos agentes, dentro de um prazo máximo de três meses”.

Segundo Nara, a regra é que cada casa receba o agente seis vezes por ano, sendo que quando um profissional está de férias, outros cobrem a área de responsabilidade dele, o que pode gerar um pequeno atraso que não ultrapassa os três meses já ditos.

“Todas as visitas são registradas em formulário, que descreve o que foi encontrado naquela casa e é remetido para um sistema nacional. Isso serve para que tenhamos como analisar os nossos indicadores, ver os bairros com mais focos, entre outros parâmetros”, explicou Nara, ao acrescentar que a Vigilância de João Pessoa atinge uma cobertura de 100% da cidade - são cerca de 370 agentes. (Camila Alves)