VIDA URBANA
Ato em João Pessoa faz homenagem a Marielle Franco
Vereadora carioca foi assassinada na última quarta-feira (21) quando voltava para casa.
Publicado em 16/03/2018 às 18:00 | Atualizado em 16/03/2018 às 19:30
Um ato na Lagoa, em João Pessoa, homenageou nesta sexta-feira (16) a vereadora carioca Marielle Franco, morta no Rio de Janeiro na noite da última quarta-feira (14) junto com o motorista Anderson Gomes. A vígilia começou por volta das 16h e reúne, de acordo com a organização, cerca de 500 pessoas que manifestam a indignação com o assassinato da parlamentar. Um ato também foi realizado na cidade de Campina Grande.
Um dos organizadores da manifestação, a Central Única dos Trabalhadores, diz que estão presentes no ato estudantes, trabalhadores e militantes que prestam homenagem à vereadora assassinada. "É uma manifestação para dizer que Marielle não morreu que ela está presente e que a luta dela vai ter continuidade", explica.
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Em nota, a central sindical prestou solidariedade às famílias das vítimas e pede que o crime seja elucidado. “A CUT-PB também faz coro às manifestações que exigem das autoridades competentes urgência na apuração desse crime e a rigorosa punição aos culpados, além de cobrar a devida proteção para aquelas pessoas que lutam pela garantia de direitos humanos, pela defesa da democracia e pelo combate a todo tipo de violência, inclusive policiais e militares”, diz a CUT.
Entenda o caso
O carro que levava Marielle foi interceptado quando ela saia de um evento político no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, ela foi assassinada com quatro tiros na cabeça. O motorista do veículo foi atingido com três tiros na lateral das costas.
Segundo a perícia da Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro, a munição usada no crime era de uma pistola calibre 9mm que pertencia a lotes vendidos para a Polícia Federal (PF) de Brasília, em 2006.
Devido a suposta origem da munição utilizada, a Polícia Federal emitiu uma nota conjunta com a Polícia Civil do Rio de Janeiro informando que se soma à investigação do caso. As duas corporações reiteraram “o compromisso de trabalhar em conjunto para a elucidação de todos os fatos envolvendo os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Pedro Gomes, ocorrido na noite da última quarta-feira, no Rio de Janeiro”.
Marielle
Marielle Franco tinha 38 anos e foi a quinta vereadora mais votada do Rio de Janeiro nas eleições de 2016, com 46.502 votos.
Socióloga formada pela PUC-Rio e mestra em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), teve dissertação de mestrado com o tema “UPP: a redução da favela a três letras”.
Atualmente ela era relatora da Comissão de acompanhamento às ações de intervenção militar na Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, trabalho esse que já apontava para o abuso de poder por parte de policiais do 41º Batalhão da PM do Rio de Janeiro contra moradores de Acari.
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