VIDA URBANA
Apagão adia audiência de custódia de suspeito de manter mulher e filha em cárcere privado
Faltou energia minutos antes de Francisco Flávio se apresentar a juiz; audiência será nesta quinta.
Publicado em 22/03/2018 às 8:49
O juiz da Vara de São Bento, no Sertão da Paraíba, Hermeson Alves Nogueira, remarcou para esta quinta-feira (22) pela manhã a audiência de custódia de Francisco Flávio Miranda de Carvalho, 58 anos, suspeito de cometer o crime de cárcere privado, praticado por cinco anos contra a mulher, uma pedagoga de 29 anos, e a filha do casal, uma criança de dois anos. O motivo do adiamento foi o Apagão que deixou sem energia municípios de 14 estados do Nordeste e do Norte.
Como a cadeia pública de São Bento está interditada, Francisco Flávio, após a prisão em flagrante na terça-feira (20), foi levado para o Presídio de Catolé do Rocha. No início da tarde desta quarta, ele voltou para São Bento, a fim de participar da audiência. “O suspeito chegou ao Fórum de São Bento à tarde. Quando audiência de custódia ia começar, faltou energia. Eu pedi para que a audiência fosse adiada para esta quinta-feira pela manhã e o juiz acatou”, explicou Osvaldo Lopes. Ele adiantou que vai pedir ao magistrado que transforme a prisão em flagrante em preventiva.
Suspeito nega
Francisco Flávio foi preso na terça-feira (20), em flagrante. Em depoimento à Polícia Civil, ele negou que tenha praticado crime de cárcere privado. Ele disse que sua mulher saiu da casa da família para morar com ele porque os pais não aprovavam o relacionamento. Francisco também negou maus tratos contra a mulher e a filha.
Volta para casa
A mulher de Francisco Flávio e a filha voltaram para a cidade de Santa Cruz do Capibaribe, em Pernambuco, onde mora a família. De acordo com o Conselho Tutelar, as duas viajaram ainda na noite de terça-feira (20) e a mãe da vítima foi buscá-la na Paraíba.
O Conselho Tutelar informou que um carro da prefeitura de São Bento levou a mãe e a filha até Caicó, no Rio Grande do Norte, por volta das 20h30, para encontrar com a mãe, com objetivo de encurtar o caminho. De lá, a família seguiu para Santa Cruz de Capibaribe, em Pernambuco.
Após ter tomado conhecimento do caso através da imprensa, a equipe do Conselho Tutelar foi à delegacia na tarde da terça-feira para apurar as informações e adotar as medidas cabíveis. De acordo com o órgão, a rede de proteção às vítimas foi acionada e mãe e filha foram encaminhadas para os serviços de assistência psicossocial do município, onde receberam alimentação e o apoio necessário até a chegada da família.
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