POLÍTICA
Para bispo, corrupção atrasa desenvolvimento
Jaime Vieira Rocha ainda ressaltou que o dinheiro público é sagrado e deve ser revertido para atender às necessidades da sociedade.
Publicado em 10/12/2011 às 11:00
O bispo diocesano de Campina Grande, dom Jaime Vieira Rocha, disse ontem que a corrupção retarda o desenvolvimento do país, principalmente nas áreas sociais. Ele ainda ressaltou que o dinheiro público é sagrado e deve ser revertido para atender às necessidades da sociedade. As declarações foram feitas no ato público, na Praça da Bandeira, que marcou o Dia Internacional Contra a Corrupção.
“Se no Brasil, os recursos públicos que são alocados para determinadas prioridades, sobretudo educação e saúde, fossem realmente aplicados inteiramente, nós estaríamos em outro estágio de desenvolvimento. Infelizmente, o caminho é bastante tortuoso da saída do recurso para seu destino final”, ressaltou dom Jaime.
Para mudar esse quadro, “é preciso que a sociedade civil organizada se conscientize cada vez mais, faça sua parte nessa cultura de combate à corrupção que é importante, oportuna e urgente”, assinalou.
Também discursaram o auditor da Controladoria Geral da União (CGU), Rodrigo Paiva, que representou o Fórum Paraibano de Combate à Corrupção (Focco-PB); o presidente do Sintab, Napoleão Maracajá; o empresário Paulo César Almeida, da Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande; o professor Nelson Júnior, do Movimento pela Educação (Move), e Laudicéia Araújo, coordenadora do Centro de Ação Cultural (Centrac).
Além do ato público, foi realizada a 3ª Feira da Cidadania. No local, houve apresentações artísticas, foram distribuídos materiais educativos e apresentados dados sobre a corrupção no Brasil. Uma exposição de charges do cartunista paraibano Fred Ozanan abordando a temática da corrupção e seus malefícios para a sociedade atraiu a atenção dos visitantes.
DESVIOS
A corrupção já desviou este ano, na Paraíba, mais de R$ 232 milhões. O balanço da malversação do dinheiro público consta no relatório divulgado, esta semana, pelo Focco. Do montante, os Tribunais de Contas da União (TCU) e do Estado (TCE) já imputaram, em 2011, em decorrência de processos relativos à corrupção, um débito superior a R$ 166 milhões entre multas e condenações a ressarcimentos.
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