Filho diz que Jair Bolsonaro vai virar série da Netflix e recebe resposta irônica

A polêmica em torno da série 'O Mecanismo', produzida pela Netflix, continua forte nas redes sociais. Nesta terça-feira (27), o filho do deputado federal e pré-candidato à presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), o deputado estadual do Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro (PSL), entrou na discussão e usou o Twitter para dizer que o serviço de streaming planejava fazer uma série sobre o seu pai. Na mesma rede, a Netflix não só desmentiu Flávio, como ironizou a fala do parlamentar.

Flávio puxou o assunto fazendo críticas à esquerda, grupo que mais questionou a produção de José Padilha. “Se a esquerda está apavorada com a série ‘Mecanismo’, imagina se eles soubessem que a @NetflixBrasil poderia estar interessada em fazer uma série sobre Bolsonaro”, publicou Flávio no Twitter. Pouco tempo depois, a Netflix respondeu ao deputado: "Você está louca, querida".

Você está louca, querida.

— Netflix Brasil (@NetflixBrasil) March 27, 2018

A resposta da Netflix teve mais de 38 mil compartilhamentos, enquanto a postagem de Flávio não chegava a 5 mil, até o começo da tarde desta terça. Apesar da ironia da Netflix, o filho de Bolsonaro não se fez de rogado e publicou uma tréplica. “Olha que eu tenho testemunhas heín!!!”, escreveu.

Olha que eu tenho testemunhaS hein!!! https://t.co/tJfW64OMUE

— FlavioBolsonaro (@FlavioBolsonaro) March 27, 2018

Distorção da realidade

Desde a estreia, na sexta-feira (23), 'O Mecanismo', que dramatiza a investigação da Lava Jato, tem gerado polêmica. Uma corrente do público critica a forma como a história é contada, já que não é totalmente fiel aos fatos reais. Até a ex-presidente Dilma Rousseff se posicionou sobre o assunto. “O diretor inventa fatos. Não reproduz ‘fake news’. Ele próprio tornou-se um criador de notícias falsas”, afirmou.

Um dos principais pontos questionados é o fato da famosa frase “estancar a sangria”, que foi dita pelo senador Romero Jucá (MDB), ter sido colocada na boca do personagem que representa o ex-presidente Lula.

O diretor José Padilha rebateu todas as críticas feitas à série e classificando a discussão em torno do “estancar a sangria” como “boboca”. Ele disse ainda que na abertura de cada capítulo da série é avisado que fatos foram aleterados para efeitos dramáticos e que para o “pessoal que sabe ler, não há ruído algum”.