POLÍTICA
Após prisão de aliados, Temer se reúne com advogado e ministros no DF
Presidente discute crise motivada pela prisão de amigos e empresários com os quais tinha ligação.
Publicado em 30/03/2018 às 18:10
Diante da crise motivada pela prisão de amigos e empresários com os quais tinha ligação, o presidente Michel Temer (MDB) cancelou os planos de passar o feriado da Páscoa em São Paulo. Neste sábado (30), ele reuniu-se com o advogado Antônio Claudio Mariz de Oliveira. Mariz deixou o Palácio por volta das 15h30. Em seguida, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Westphalen Etchegoyen, chegou ao local.
A assessoria confirmou ainda a presença do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco. O subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil e ministro dos Direitos Humanos, Gustavo do Vale Rocha, também segue no Palácio do Alvorada.
Além das prisões dos amigos, Michel Temer aproveita o feriado para tratar da reforma ministerial, que segundo o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, será anunciada na próxima semana, com a saída dos demais ministros que irão se candidatar nas próximas eleições.
Operação Skala
Na quinta-feira (29), a Polícia Federal prendeu, em caráter temporário, o advogado José Yunes, ex-assessor da Presidência da República. As medidas foram determinadas pelo ministro Luis Roberto Barroso, relator do chamado Inquérito dos Portos, no Supremo Tribunal Federal (STF).
Além de Yunes, foram presos durante a Operação Skala, da Polícia Federal (PF), o ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Wagner Rossi, e o presidente do Grupo Rodrimar, Antônio Celso Grecco. Também foi preso, em São Paulo, o coronel aposentado João Batista Lima, amigo do presidente Temer
A empresária Celina Torrealba, uma das proprietárias do Grupo Libra, que também atua no ramo portuário, foi detida em seu apartamento, no Rio de Janeiro. Ontem o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marum, disse que a prisão de pessoas ligadas ao presidente não enfraquecem o governo e que o presidente "não tem a ver com isso".
O inquérito apura o suposto favorecimento da empresa Rodrimar S/A por meio da edição do chamado Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017), assinado por Temer em maio do ano passado.
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