VIDA URBANA
Atos marcam um mês da morte de Marielle e Anderson em JP e CG
Vereadora e motorista foram mortos no dia 14 de março, no Rio de Janeiro.
Publicado em 13/04/2018 às 19:51 | Atualizado em 13/04/2018 às 21:14
Um mês após a morte da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL), e do motorista Anderson Gomes, uma série de eventos relembram a data. Na Paraíba, foram realizados nesta sexta-feira (13) atos ecumênicos e multiculturais, em João Pessoa e Campina Grande.
Na Rainha da Borborema, um pastor, uma representante de religiões afro-brasileiras, artistas, representantes de partidos, MST e sindicatos participaram do ato, no final da tarde, no Calçadão da Cardoso Vieira, no centro.
“Este ato é para cobrar do governo do Rio de Janeiro que identifique e prenda os autores da morte de Anderson e Marielle. Também mantém viva nas pautas o que ela defendia, no enfrentamento ao genocídio contra o povo negro, na defesa incansável dos direitos humanos, das mulheres, do povo LGBT e pelo fim da pobreza”, falou Nelson Júnior, presidente da ADUEPB e dirigente do PSOL.
João Pessoa
Na capital do Estado, o ato ocorreu no pátio da Basílica Nossa Senhora das Neves e contou com a participação de entidades, movimentos sociais, partidos políticos, parlamentares, representações religiosas e ativistas culturais. O presidente do PSOL na Paraíba, Tárcio Teixeira, disse que o ato faz parte da “luta em defesa da democracia, pelo fim do genocídio da população negra, contra o feminicídio, contra a homofobia”.
Para Tárcio, “a execução de Marielle, vereadora, anticapitalista, socióloga, mulher, negra, bissexual, filha, representante da ‘Favela da Maré’, e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março passado, foi um duro golpe na frágil democracia brasileira e evidenciou a gritante face da violência na qual estamos mergulhados/as.”
Participaram do ato representantes da igreja católica, de igrejas evangélicas, de centros espíritas e de religiões de matizes africanas. Também integram a manifestação alguns artistas, como Seu Pereira, Coco das Manas, Adeildo Vieira, Gláucia Lima, entre outros.
Entenda o caso
O carro que levava Marielle foi interceptado quando ela saia de um evento político no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, ela foi assassinada com quatro tiros na cabeça. O motorista do veículo foi atingido com três tiros na lateral das costas.
Segundo a perícia da Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro, a munição usada no crime era de uma pistola calibre 9mm que pertencia a lotes vendidos para a Polícia Federal (PF) de Brasília, em 2006.
Devido a suposta origem da munição utilizada, a Polícia Federal emitiu uma nota conjunta com a Polícia Civil do Rio de Janeiro informando que se soma à investigação do caso. As duas corporações reiteraram “o compromisso de trabalhar em conjunto para a elucidação de todos os fatos envolvendo os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Pedro Gomes, ocorrido na noite da última quarta-feira, no Rio de Janeiro”.
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