POLÍTICA
Prefeitura de Cabedelo vai tentar destravar Shopping Intermares
Obra do Grupo Marquise deveria ter sido iniciada em 2013.
Publicado em 23/04/2018 às 12:10 | Atualizado em 23/04/2018 às 13:32
O prefeito interino de Cabedelo, Vitor Hugo Casteliano (PRB), anunciou na manhã desta segunda-feira (23) que vai se reunir com os empresários do Grupo Marquise ainda esta semana para definir os últimos acertos que podem facilitar o início das obras do Shopping Intermares. A expectativa é de que o empreendimento seja erguido às margens da BR-230, na divisa entre Cabedelo e João Pessoa, ainda este ano.
De acordo com Vítor Hugo, a construção do shopping é um marco na cidade e, a partir de agora, vai contar com total apoio da Prefeitura. “Esse estabelecimento é histórico para a nossa cidade e só vai trazer coisas boas. Mais empregos, mais desenvolvimento e mais infraestrutura para toda a região”, disse.
Ainda segundo o prefeito interino, "a Prefeitura de Cabedelo está ao lado da população e, portanto, não pode virar as costas para a iniciativa privada, ainda mais quando se trata de um empreendimento dessa magnitude. Cabedelo merece e eu, como prefeito, vou lutar até o fim para que esse sonho seja concretizado”, finalizou Vítor.
Imbróglio
O Grupo Marquise, que tem sede em Fortaleza, anunciou o início das obras do Shopping Intermares, em setembro de 2012. O investimento inicial era de R$ 220 milhões, com previsão de início no primeiro trimestre de 2013 e conclusão em até 2 anos. O empreendimento foi autorizado em lei, sancionada pelo então prefeito de Cabedelo, Leto Viana, em abril de 2014.
A obra, no entanto, teve as licenças de instalação questionadas pela Associação de Proteção Ambiental (APAM), que alegou que o procedimento de licenciamento não tinha respeitado as fases estabelecidas na legislação, configurando-se, dessa forma, irregular. A denúncia dava conta de que a Sudema havia concedido licença de instalação permitindo que a Construtora Marquise começasse a desmatar e construir o Shopping sem a realização prévia do EIA/RIMA.
Segundo a APAM, o EIA/RIMA era totalmente indispensável, tendo em vista que a área do empreendimento se situa na zona costeira, à beira do Rio Paraíba e é vizinha de uma Unidade de Conservação de âmbito federal, que é a Mata da AMEM.
O Ministério Público de Contas, que havia dado parecer pela suspensão da licença, mudou de entendimento após analisar as informações prestadas pela Sudema. Então, em julho de 2015, o Tribunal de Contas do Estado revogou a medida cautelar concedida pelo conselheiro Fernando Catão que suspendia a licença.
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