VIDA URBANA
Consórcio de cirurgias reúne 18 municípios
Proposta é firmar uma parceria com o Governo do Estado para realizar cirurgias eletivas no Sertão, evitando enviar ácientes para JP e CG.
Publicado em 01/02/2014 às 6:00 | Atualizado em 20/06/2023 às 11:58
As prefeituras de 18 cidades do Sertão da Paraíba estão formando um consórcio de saúde para garantir a oferta de cirurgias eletivas na região e evitar o encaminhamento de pacientes para João Pessoa e Campina Grande. A proposta é firmar uma parceria com o Governo do Estado para realizar os procedimentos no Hospital Distrital de Itaporanga, que inaugurou um novo centro cirúrgico no ano passado. A meta é realizar até 240 procedimentos por mês.
Serão realizados procedimentos de baixa complexidade, como cirurgias de hérnia, vesícula e histerectomia (retirada do útero).
Está prevista para a próxima quarta-feira uma reunião entre a direção do hospital e os prefeitos para definir os custos e a cota a que cada município terá direito, conforme a demanda e o tamanho da população. Ao todo, o consórcio vai cobrir uma área com mais de 152 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Atualmente os pacientes são obrigados a percorrer até 500 quilômetros (km) para realizar um procedimento simples na capital. É o que acontece, por exemplo, com os moradores das cidades de São José de Caiana e Conceição, na divisa com o Ceará, que precisam atravessar o Estado em busca de atendimento. “Vamos atender pacientes que temos de levar atualmente para João Pessoa, pois lá tem casa de apoio e fica mais viável do que mandar para Campina Grande”, explicou Walter Marinho, prefeito de São José de Caiana.
Walter Marinho é presidente da Associação dos Municípios do Vale do Piancó (Amvap), entidade que está articulando a criação do consórcio. Além de humanizar o tratamento, o consórcio pretende gerar economia para as prefeituras. “Em uma cirurgia que custa cerca de R$ 5 mil, os municípios têm de gastar quase R$ 9 mil devido aos custos da viagem, hospedagem e combustível. Fazendo aqui na região o custo será bem menor”, afirmou o prefeito.
As negociações para criação do consórcio começaram em junho do ano passado e a expectativa é que as cirurgias comecem até março. “Estamos prontos para receber o serviço, já tínhamos uma sala de cirurgia e recebemos outra totalmente equipada. O que falta é definir o quantitativo de cada município e os detalhes jurídicos e administrativos de como vai funcionar a pactuação”, explicou Wilka Rodrigues, diretora do hospital de Itaporanga.
A unidade realiza, em média, quatro partos por dia, mas segundo a direção tem capacidade para triplicar o atendimento, podendo chegar a realizar até 12 cirurgias por dia. A proposta inicial é de que o Governo do Estado vai entrar na parceria com a estrutura do centro cirúrgico, já instalado e os insumos, enquanto que o consórcio de prefeituras ficará responsável pela remuneração da equipe médica.
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