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CULTURA

Chico Salles põe seu bloco na rua

Paraibano Chico Salles dedica seu sexto trabalho ao repertório do cantor e compositor capixaba Sergio Sampaio.

Publicado em 24/12/2013 às 6:00 | Atualizado em 12/05/2023 às 14:36

“Lugar de samba enredo é no asfalto”, já dizia uma letra de Sergio Sampaio (1947-1994). Tanto que o paraibano Chico Salles está dedicando seu sexto trabalho ao repertório de samba-canção do cantor e compositor capixaba.

O recorte musical do extenso universo do ‘poeta do riso e da dor’ é destacado pelas alegrias e sofrimentos do estilo de samba, onde a melodia apurada e a malemolência rítmica estão presentes em Sérgio Samba Sampaio (Zeca Pagodiscos/Universal, preço médio R$ 25,00).

“Fugi um pouco do meu forró e cordel”, confessa Chico Salles, em entrevista ao JORNAL DA PARAÍBA. “Sérgio Sampaio já foi chamado de ‘maldito’ e politicamente correto, mas ele tem picardia, humor e irreverência, além de ser contemporâneo. Sua obra é bastante atual”.

A música mais conhecida de Sampaio, que oferece o nome ao seu primeiro disco solo, Eu Quero É Botar Meu Bloco na Rua (Philips, 1973), não está no projeto pelo “simples fato de não ser um samba”, explica Salles.

De acordo com o paraibano radicado no Rio de Janeiro, tudo começou com as “coisas de boteco”, encontrando amigos no bar para um bate-papo, que acarretou em uma pesquisa onde se concentrou no samba de Sampaio.

Motivado pelo amigo Edmar Oliveira, Chico começou uma nova audição dos LPs do homenageado. Dentre os pesquisados pelo músico está Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10 (CBS, 1971), uma antologia que contava também com a participação do cantor, ator, dançarino, produtor teatral e artista plástico Edy Star, da sambista Míriam Batucada (1947-1994), e do ‘maluco beleza’ Raul Seixas (1945-1989).

“Foi o primeiro disco que ele gravou, mas não aconteceu nada com ele”, analisa.

Mesmo admitindo que muitas vezes o termo ‘resgate’ é mal utilizado por muitos projetos, Salles acha que cabe perfeitamente na proposta das 12 faixas de Sérgio Samba Sampaio. “Nosso trabalho nesse CD é mais subjetivo para dar mais dignidade à obra de Sampaio, esse artista brasileiro que passou e ninguém viu”.

CONVIDADOS

Um dos responsáveis pela revitalização da obra de Sampaio foi o cantor e compositor Zeca Baleiro. Através do seu próprio selo, a Saravá Discos, lançou o quarto álbum póstumo do capixaba, Cruel (2006). Já em 2011, o músico maranhense editou em CD o terceiro trabalho de Sampaio, Sinceramente (1982).

“Zeca é o que mais conhece o Sérgio Sampaio”, conta Salles, que divide com ele a faixa ‘História do boêmio (Um abraço em Nelson Gonçalves)’. “Sampaio escutava muito nomes como Nelson e Cartola”, lembra.

Outro convidado também ajudou a fazer o disco produzido por José Milton com arranjos do cavaquinista Henrique Cazes: Sérgio Samba Sampaio é lançado pelo selo do sambista Zeca Pagodinho, que empresta sua voz em ‘Polícia, bandido, cachorro, dentista’ e ‘O que pintar, pintou’, ambas as músicas presentes na segunda faixa do CD.

Ao contrário de Baleiro, “Zeca (Pagodinho) não tinha nenhum contato com a obra de Sampaio”, confessa o paraibano. “Mas ele não teve nenhuma dificuldade em gravar a faixa porque o partido alto é coisa que Zeca domina”.

Segundo Chico Salles, chamar Raimundo Fagner também foi natural, pois o cantor e compositor cearense era
contemporâneo de Sampaio e subiam no palco juntos. Fagner participa da música ‘Cada lugar na sua coisa’.

Apesar de ser uma pequena ‘fatia’ do universo do artista capixaba, Salles frisa que o disco “dá para compreender o pensamento dele”.

Sobre a turnê de divulgação, o paraibano já sabe que passará pelo Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Espírito Santo. No Nordeste a certeza só é Fortaleza, terra de Fagner. Quanto à Paraíba, ele confessa ter muita vontade de realizar um show aqui e trazer o samba de Sérgio Sampaio.

Imagem

Jornal da Paraíba

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