VIDA URBANA
Suspeitos de matar Vivianny Chrisley são presos no Rio de Janeiro
Jobson Barbosa da Silva Júnior e Fagner das Chagas Silva, que estavam foragidos, foram presos hoje.
Publicado em 21/11/2016 às 9:07
Os dois suspeitos de matar a vendedora Vivianny Chrisley foram presos na manhã desta segunda-feira (21). Jobson Barbosa da Silva Júnior, e Fagner das Chagas Silva foram presos pela Polícia Civil da Paraíba no morro do Acari, no Rio de Janeiro, em uma ação conjunta com a polícia local. Os dois tinham mandados de prisão expedidos pela Justiça da Paraíba.
De acordo com as primeiras informações repassadas pelo titular da delegacia de Crimes contra a Pessoa (Homicídios) de João Pessoa, delegado Reinaldo Nóbrega, os presos teriam fugido para o Rio de Janeiro em um ônibus, no último dia 26 de outubro. “Estamos no Rio de Janeiro e participamos do cumprimento dos mandados junto com os policiais daquele Estado. O intuito é agilizar para que as providências legais sejam tomadas referentes ao recambiamento da dupla para a cidade de João Pessoa. A chegada deve ocorrer nos próximos dias. Até o momento, eles confessaram o assassinato de Viviany, mas ainda temos que ouvir os supeitos em depoimento para conseguirmos os detalhes do que ocorreu no dia do crime”, explicou o policial.
A jovem desapareceu no dia 21 de outubro, depois que saiu de uma casa de shows, na zona sul de João Pessoa. No dia 11 de novembro, o estoquista Alex Aurélio Tomas dos Santos, 22, foi apresentado pela Delegacia de Crimes contra a Pessoa (Homicídios) da Capital, como um dos suspeitos e os nomes de Jobson e Fábio divulgados como participantes do crime de homicídio, que se confirmou após exame de DNA realizado no corpo que foi encontrado no dia 7 de novembro, na divisa entre os municípios de Bayeux e Santa Rita.
Ambos os presos serão trazidos pelos policiais civis para a Paraíba e devem chegar ao Estado ainda esta semana.
Alex Aurélio, o primeiro suspeito preso, foi encontrado após a polícia constatar que ele vendeu o celular de Vivianny em uma feira de trocas no município de Bayeux. Através do GPS chegaram em um homem que adquiriu o celular em troca de R$ 50,00 e o do aparelho antigo dele. Ele foi detido e fez a descrição de Alex, preso após a polícia buscar informações por meio de uma conta de rede social dele que estava 'logada' no celular da vítima. De acordo com o delegado Reinaldo Nóbrega, foi ele quem passou informações sobre os outros dois suspeitos identificados como Jobson Barbosa da Silva Júnior, conhecido como Juninho, e Fagner das Chagas, vulgo Bebé.
Alex contou à polícia que saiu do bar com a moça e os dois rapazes em um carro. Ele contou que pediu para ficar em casa, no distrito de Várzea Nova, em Santa Rita, e o trio tomou um outro destino. Depois os dois voltaram até ele com as roupas sujas de sangue e disseram que tinha matado ela por estar gritando muito e pedindo para ir para casa. Os dois tomaram banho e dormiram na casa de Alex.
De acordo com Alex, a jovem teria sido morta por estar gritando muito e pedindo para ir para casa."A versão que ele [Alex] conta é possível, mas com os prisões dos outros vamos ter a certeza", afirmou o superintendente regional da Polícia Civil, Marcos Paulo Vilela, no dia entrevista coletiva.
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Segundo a polícia, Vivianny estava se relacionando com Juninho e trocava mensagens com ele há algum tempo por meio de aplicativo de mensagens. Ele já responde por estupro de vulnerável e roubo.
Alex teve a prisão temporária decretada , por 30 dias, podendo ser renovada por igual período. Ele está detido na carceragem da Central de Polícia.
Causa da morte ainda não confirmada
Há uma semana o exame de DNA realizado pelo Instituto de Polícia Científica (IPC) confirmou que o corpo queimado de uma mulher encontrado em uma mata de Bayeux no último dia 7 era da vendedora Vivianny Crisley.
O corpo foi liberado na terça-feira (15) pela Gerência Executiva de Medicina e Odontologia Legal (Gemol) de João Pessoa e enterrado no mesmo dia.
O DNA foi feito a partir de um resto de pele encontrado na sandália que estava próxima ao corpo e que era da vendedora. "O exame cadavérico, que deve identificar a forma da morte, se houve alguma violência sexual, entre outros, e o exame de local de crime ainda estão sendo feitos e a previsão é de que sejam concluídos em dez dias", afirmou a diretora em exercício do IPC, Gabriela Nóbrega.
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