VIDA URBANA
Vivianny foi morta por gritar para ir para casa, diz suspeito
Polícia acredita que corpo encontrado seja mesmo da vendedora.
Publicado em 11/11/2016 às 11:07
A sandália e o cartão de credito nas proximidades do corpo carbonizado encontrado em uma mata no município de Bayeux, na última segunda-feira (7) fazem a polícia crer que seja mesmo de Vivianny Crisley. Segundo a polícia, em entrevista coletiva, o motivo do crime teria sido o fato da moça estar gritando muito e pedindo para ir para casa. Ela desapareceu no último dia 20 de outubro após sair com três homens do bar Bebericos, no bairro dos Bancários em João Pessoa. A informações foi repassada à polícia por Alex Aurélio Tomas, um dos que saíram do bar com ela e que foi preso na sexta-feira (4), na região de Campina Grande.
A prisão de Alex se deu após a polícia constatar que ele vendeu o celular de Vivianny em uma feira de trocas no município de Bayeux. Através do GPS chegaram em um homem que adquiriu o celular em troca de R$ 50,00 e o do aparelho antigo dele. Ele foi detido e fez a descrição de Alex, preso após a polícia buscar informações por meio de uma conta de rede social dele que estava 'logada' no celular da vítima. De acordo com o delegado Reinaldo Nóbrega, foi ele quem passou informações sobre os outros dois suspeitos identificados como Jobson Barbosa da Silva Júnior, conhecido como Juninho, e Fagner das Chagas, vulgo Bebé. Eles estão estão foragidos, mas com mandado de prisão expedido.
Alex contou à polícia que saiu do bar com a moça e os dois rapazes em um carro. Ele contou que pediu para ficar em casa, no distrito de Várzea Nova, em Santa Rita, e o trio tomou um outro destino. Depois os dois voltaram até ele com as roupas sujas de sangue e disseram que tinha matado ela por estar gritando muito e pedindo para ir para casa. Os dois tomaram banho e dormiram na casa de Alex.
"A versão que ele [Alex] conta é possível, mas com os prisões dos outros vamos ter a certeza", afirmou o superintendente regional da Polícia Civil, Marcos Paulo Vilela.
A investigação está conclusa, mas só vai ser finalizada quando os outros dois suspeitos envolvidos, que estão soltos, forem presos. O delegado afirma que já existem mandados contra eles e que a polícia da Paraíba já informou sobre os dois à Polinter para o caso deles terem fugido para algum Estado vizinho.
Segundo a polícia, Vivianny estava se relacionando com Juninho e trocava mensagens com ele há algum tempo por meio de aplicativo de mensagens. Ele já responde por estupro de vulnerável e roubo.
Alex teve a prisão temporária decretada , por 30 dias, podendo ser renovada por igual período. Ele está detido na carceragem da Central de Polícia.
A polícia espera resultados de exames do Instituto de Polícia Científica para confirmar se o corpo encontrado é realmente da vendedora.
Viviane desapareceu no dia 20 de outubro
Vivianny foi vista pela última vez na noite do dia 20 de outubro no bar Bebericos Prime, localizado na principal dos Bancáriosm em João Pessoa. Na última segunda-feira (7) foi encontrado um corpo queimado em uma mata em Bayeux, Região Metropolitana de João Pessoa, que pode ser o dela.
Na sexta-feira (4), Aléx Aurélio Tomas foi preso e contou ao delegado Reinaldo Nóbrega, responsável pelas investigações, que ter saído da casa de shows com Vivianny e outros dois homens - um deles estaria em um relacionamento com a vítima. "Na versão dele, eles foram para um bairro na Região Metropolitana de João Pessoa e lá ele pediu para ser deixado em casa", disse Reinaldo Nóbrega.
Ele contou à polícia que saiu da festa com Vivianny e os outros dois, mas foi deixado em casa e que os outros dois seguiram com Vivianny em direção a Santa Rita ou Bayeux. "Em algumas horas, os dois indivíduos retornaram e confessaram para ele que tinham matado Vivianny”, contou o delegado. Peritos do IPC disseram que o corpo achado na mata foi incendiado usando pneus de bicicleta, e a suspeita é de que a queima do corpo só tenha sido feita depois da prisão do primeiro suspeito.
"O corpo poderia perfeitamente estar lá desde o dia do desaparecimento, no dia 21 de outubro, e a partir do momento da prisão do suspeito, algum comparsa ou parceiro no crime ter chegado lá para tentar eliminar qualquer tipo de vestígio", explicou Reinaldo Nóbrega. O delegado disse ainda que a polícia só chegou até o corpo por meio de uma denúncia anônima. No local, foram encontrados o cartão de crédito com o nome da vítima e uma sandália que ela estaria usando na noite em que desapareceu.
Comentários