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COTIDIANO

Policial do Gate é indiciado por sequestro e morte de jornalista

Cabo de grupo de elite foi transferido nesta segunda para presídio da PM. Imagens mostram jornalista em shopping pouco antes de ser sequestrada.

Publicado em 30/11/2010 às 7:23

Do G1

O policial militar do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foi indiciado no final da tarde desta segunda-feira (29) por sequestro seguido de morte e resistência à prisão. Baleado e preso no último dia 20, ele é suspeito do sequestro em um shopping da Zona Oeste de São Paulo, no último dia 11, e morte de uma jornalista. Nesta segunda-feira, o cabo do Gate foi transferido de um hospital da Polícia Militar para o presídio Romão Gomes.

O delegado da Divisão Antisequestro (DAS) da Polícia Civil, Ronaldo Sayeg, ainda investiga a possível participação de outras pessoas. Peritos estão examinando o computador pessoal e os celulares do cabo para verificar com quem ele conversou antes e depois do crime.

O policial foi interrogado no hospital da PM pouco antes de receber alta. Em seu depoimento, ele disse que agiu sozinho e com o objetivo de levantar um dinheiro. Além disso, ele afirmou que não conhecia a vítima e que só descobriu o nome dela depois que viu os documentos pessoais dela. E que teria escolhido a jovem porque viu que ela tinha um carro novo, avaliado em mais de R$ 100 mil.

O policial confessou que surpreendeu a vítima na garagem do shopping, quando ela entrava no carro. E de lá, ele partiu com a vítima amarrada no banco de trás. A abordagem, no entanto, não aparece nas câmeras de segurança do centro de compras. As imagens exibidas pela polícia mostram apenas a jovem andando pelo shopping, indo para a garagem e depois o carro passando pela cancela.

A jornalista foi assassinada na mesma noite do sequestro, mas só neste sábado (27) que o cabo confessou o crime e apontou o local onde atirou o corpo: uma ribanceira nas margens da Via Anchieta, já na Baixada Santista. Segundo o policial, ele a enforcou porque ela teria reagido. Mesmo depois de matá-la, ele continuou pedindo resgate.

O celular da vítima foi encontrado no quarto da residência onde o cabo morava. No local, também foi apreendido um saco de algemas de plástico, iguais às que o policial usou para imobilizar a vítima.

Imagem

Jornal da Paraíba

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