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VIDA URBANA

Outros dois acusados de matar Vivianny Crisley são condenados em júri

Fagner das Chagas pegou 22 anos de prisão e Jobson Barbosa, 24 anos.

Publicado em 17/05/2018 às 1:43 | Atualizado em 17/05/2018 às 11:56


                                        
                                            Outros dois acusados de matar Vivianny Crisley são condenados em júri
Anderson Silva

				
					Outros dois acusados de matar Vivianny Crisley são condenados em júri
Anderson Silva
    Mais dois acusados de matar a jovem Vivianny Crisley foram condenados em júri popular. Segundo a sentença, Fagner das Chagas pegou 22 anos de prisão em regime fechado e Jobson Barbosa, 24 anos. O julgamento, que começou às 13h desta quarta-feira (16) terminou perto da meia-noite.

    O crime de homicídio duplamente qualificado foi somado a sequestro e ocultação de cadáver.

    Versões distintas

    O Ministério Público divergiu da versão apresentada pelos acusados. De acordo com os promotores Márcio Gondim e Edmilson de Campos Leite Filho, os acusados Fágner das Chagas e Jobson Barbosa participaram ativamente do homicídio. "Efetivamente participaram do assassinato, sequestro e ocultação", afirmou Gondim, em acusação que durou quase duas horas e meia. O promotor acrescentou, ainda, que após o homicídio os homens roubaram dinheiro da vítima. "Pegaram R$ 70 da vítima e foram festejar no dia seguinte com bebidas e mulheres", disse.

    Antes da arguição dos promotores, os réus foram ouvidos e alegaram que não tiveram participação na morte de Crisley, que teria sido assassinada apenas por Allex Aurélio, já condenado a 26 anos de prisão em regime fechado. O júri foi formado por sete homens. As três mulheres que estavam convocadas para compor o júri foram recusadas pela defesa dos réus.

    Vivianny Crisley tinha 28 anos quando foi vista pela última vez na madrugada do dia 21 outubro de 2016, na saída de um bar na Zona Sul de João Pessoa. O júri de Fágner das Chagas e Jobson Barbosa estava marcado, juntamente com o de Allex Aurélio, para o dia 28 de fevereiro, mas foi adiado para esta quarta-feira devido à troca de defensores públicos por advogados particulares, que alegaram precisar de mais tempo para tomar conhecimento do processo.

    Acusados deturparam fatos, diz promotor

    Em sua acusação, Márcio Gondim disse que os réus tentaram desacreditar o trabalho realizado pela polícia alegando que sofreram torturas na Central de Polícia, localizada no bairro do Geisel, antes de prestar depoimento.

    Fagner contou que foi interrogado durante quatro horas pela polícia e que teria falado recebendo socos e com água sendo jogada sobre ele. Ele disse que não falou nada sobre o caso durante a audiência de instrução porque tinha sido ameaçado. Já Jobson conta que além de apanhar, sofreu pressão psicológica e que por isso confessou participação no crime. Ele relatou ter sido obrigado a ingerir álcool, teria sido estuprado com um fuzil e que a violência teria afetado permanentemente sua saúde.

    “Hoje o Ministério Público buscará justiça. Nenhum milímetro a mais ou a menos. Queremos justiça igual foi feita com Allex”, disse o Márcio Gondim. O promotor também questionou diversos pontos da defesa e apontou contradições na versão dos acusados. "De acordo com o depoimento de Allex, Jobson e Fágner foram pegar ele de carro. Já o depoimento dos dois é que o carro é de Allex e ele que foi pegá-los", apontou.

    Imagem

    Aline Oliveira

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