Pré-matrícula é opção econômica

O ano letivo de 2012 ainda não terminou, mas algumas escolas particulares de João Pessoa já realizam campanhas de antecipação das matrículas. Para os pais que optarem por garantir a vaga dos filhos mais cedo, os benefícios aparecem na forma de descontos, com economia de até 25% no comparativo com os preços das matrículas do próximo ano.

Para o diretor de marketing do Colégio Século, Luciano Cavalcanti, a grande vantagem de antecipar a matrícula está em economizar os valores do reajuste anual. Segundo ele, alta das mensalidades varia entre as escolas pessoenses entre 10% e 25%. “O percentual depende de vários fatores, dentre eles o aumento do salário mínimo, a inflação e ainda de acordo com o que é praticado pela concorrência”, exemplifica.

A reserva de vagas em algumas unidades tem início em outubro por meio da pré-matrícula, mas, segundo a assessoria do Colégio Motiva, ela não garante que haverá espaço para o aluno no próximo ano.

Por esta razão, Luciano explica que o fluxo de pessoas que procuram realizar a matrícula cresce em novembro e, principalmente, em dezembro. “Ninguém quer perder a chance de fazer a matrícula com os descontos e garantir a vaga do filho na escola. Por isso o interesse cresce nessa fase de matrículas, de fato”, diz.

Para as escolas, os descontos são oferecidos para reduzir a inadimplência e em convênios com empresas e instituições públicas. “Cada filho de um militar da Marinha, por exemplo, tem 20% de desconto nas mensalidades. Esses convênios e descontos e o bom senso na hora de reajustar são ações feitas em parceria com os pais, pois a escola sabe que eles têm outros compromissos e, assim, evitamos a inadimplência”, comenta.

O adiantamento da matrícula, porém, deve ser feito com cautela.

O consultor e educador de finanças pessoais Guilherme Baía alerta para a importância de, primeiramente, avaliar a situação financeira da família para pagamento antecipado. “Se a família tiver condições de fazer esse adiantamento sem comprometer o orçamento, vale a pena, mas sem a necessidade de empréstimo", orienta.

CAMPINA GRANDE
Segundo o presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Campina Grande, Paulo Loureiro, o reajuste nas mensalidades das unidades de educação da cidade não parte de uma orientação do sindicato, mas sim da receita de cada uma delas, que elabora a mudança de acordo com sua realidade. De acordo com ele, as escolas têm até o dia 15 de dezembro para decidir ou não pelo reajuste, além de especificar de quanto será o aumento. “Para o reajuste, as escolas deverão levar em conta vários fatores, como o reajuste do salário mínimo, que tem um indicativo de aumento em 8% no próximo ano, além da mudança nos salários dos professores, a questão do aviso prévio, que também passou a ser progressivo, dentre outras. O diretor vai elaborar uma planilha do ano corrente, com todos esses pontos”, contou. (Colaborou Isabela Alencar).