Pioneirismo no Trauma de CG

A manhã do último sábado foi inesquecível para a família Ferreira, natural da cidade de Nova Floresta, localizada na região do Curimataú paraibano. Há mais de 120 dias internado no Hospital de Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, Franklin Matheus, de 10 anos, tornou-se o primeiro paciente do hospital a ser transferido para continuar o tratamento em casa.

Ele tem Distrofia Muscular e conseguiu, através do Sistema Único de Saúde (SUS), um aparelho específico para continuar seu tratamento em domicílio. “Foi um momento muito emocionante para todos nós. Ser transferido do hospital para sua casa e continuar sendo acompanhado por uma equipe médica é uma felicidade muito grande não só para o paciente e sua família, mas também para nós do Hospital de Trauma”, disse Flawber Cruz, diretor do Trauma.

A mãe de Franklin, a dona de casa Marlene Ferreira, ressaltou a união de forças que foi feita para que a família conseguisse o aparelho respirador artificial. Segundo ela, não foi fácil passar mais de quatro meses se dedicando exclusivamente a dar atenção ao filho no hospital, e que ela acredita que em casa, terá mais forças para continuar vencendo as adversidades. “Aqui (em casa), nós temos a força da família, que nos une e torna mais fácil as coisas”, disse.

Esse é o mesmo caminho que Maria Aparecida Barbosa de Sousa, 47 anos, moradora da Ramadinha 1, espera trilhar para ver diminuir as limitações de seu filho. Vítima da mesma doença, Daniel Barbosa, 16 anos, há dois mora no Hospital de Trauma.

Convivendo com a patologia desde os oito anos, ela acredita que se também recebesse o mesmo aparelho e tivesse um acompanhamento em casa, seu filho teria dias melhores. “Se além do aparelho, ele também fosse assistido pelo médico e fisioterapeuta, seria muito bom sair do hospital", disse.