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VIDA URBANA

Patrick fez selfies com os corpos para comprovar crime ao amigo

"Patrick gostava de literatura macabra e psicótica", revelou Marvin Henriques em depoimento à polícia.

Publicado em 28/10/2016 às 15:05

François Patrick Nogueira Gouveia, assassino confesso de uma família paraibana na Espanha, fez selfies com os corpos esquartejados da família paraibana durante a chacina e enviou para Marvin Henriques, amigo dele que foi preso por participação no crime, As fotos foram encaminhadas via WhatsApp para comprovar que ele realmente tinha cometido o crime. Segundo o depoimento de Marvin à polícia, quando Patrick contou sobre o crime, ele não acreditou. As fotos, com os corpos mutilados, foram enviadas para 'provar' que era tudo verdade.

"Ele [Patrick] perguntava como agir. Como ele deveria agia com as vítimas, o que ele fazia, qual a melhor forma que ele tinha de ocultar os corpos. E o jovem [Marvin], de prontidão, orientava seu amigo Patrick como agir", relatou o delegado Reinaldo Nóbrega, durante entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (28).

Marvin recebeu de Patrick fotos dos corpos multilados também pelo aplicativo de mensagens instantâneas. As fotos ficaram arquivadas no smartphone dele. Um amigo de Marvin pegou emprestado seu celular, notou uma conversa com Patrick, quando abriu, viu as fotos dos cadáveres da família paraibana. Esse amigo de Marvin levou o celular para a Polícia Federal que iniciou a investigação. O celular que continha as fotos, o delegado Marcos Paulo acredita que está anexado ao inquérito principal.
Patrick gostava de literatura macabra e psicótica, diz Marvin
Livro "A parte obscura de nós mesmos", de Elisabeth Roudinesco, foi apreendido pela polícia na casa de Marvin Henriques Correia (Foto: Jhonathan Oliveira)
Marvin disse que "Patrick gostava de literatura macabra e psicótica", livros que falavam sobre massacres e psicopatas. O estudante disse que não gostava desse tipo de livro, mas foi apreendido com ele o livro 'A parte obscura de nós mesmos: uma história de perversos', de autoria de Elizabeth Roudinesco, que, segundo o próprio resumo da obra, "apresenta e interpreta a história dos perversos no Ocidente através de suas figuras emblemáticas: de Barba Azul e os santos místicos na Idade Média, ao fenômeno do nazismo, dos pedófilos e terroristas nos dias de hoje".
Depois que Patrick se entregou à Guarda Civil na Espanha, a Polícia Federal encerrou o inquérito e encaminhou o material ao Ministério Público que pediu a prisão de Marvin. O mandado de prisão foi expedido pela Justiça na quinta-feira (27), mas cumprido apenas na manhã desta sexta-feira (28).

Prisão de Marvin

O segundo suspeito de participação na chacina de uma família paraibana na Espanha, é um amigo de Patrick Gouveia - assassino confesso do seu tio, a esposa dele, e os filhos de 1 e 4 anos do casal. A prisão aconteceu no bairro do Bessa, em João Pessoa. O jovem confirmou as conversas com Patrick.
"Durante a execução do crime, Patrick conversava pelo WhatsApp em tempo real com o suspeito preso na Paraíba. Patrick perguntava como agir, como ele podia ocultar os corpos, o que fazer", disse, em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (28), o delegado Reinaldo Nóbrega, que realizou a prisão.
Mesmo confirmando participação, o jovem se mostrou arrependido e disse que achava que isso não seria crime. "Participou esclarecendo alguns pontos osbcuros", acrescentou Reinaldo Nóbrega. O jovem se encontrou com Patrick duas vezes após o crime em João Pessoa. A investigação feita no Brasil que terminou com a prisão do segundo suspeito, corria independente do trabalho da Guarda Civil da Espanha.
François Patrick Nogueira Gouveia era apontado como o único suspeito do crime. Patrick é assassino confesso do casal de paraibanos Marcos Nogueira e Janaína Santos Américo, de 39 anos, e os dois filhos deles, de 1 e 4 anos, na Espanha, não demonstra nenhum arrependimento de ter cometido o crime. A informação é do tio de Patrick e irmão de Marcos, Walfran Campos, que desembarcou nesta quinta-feira (27) em João Pessoa após passar um mês na Espanha para acompanhar o caso, que foi descoberto no dia 18 de setembro.
O que diz a defesa de Marvin
Segundo o advogado de Marvin Henriques, Sheyner Asfora, a prisão é apenas preventiva e vai esperar a conclusão do inquérito para confirmar se ele teve participação no crime. "Fui contactado pelos familiares para estar aqui neste momento em que ele foi detido, e decretada sua prisão preventiva. Neste primeiro momento o que se está apurando é se ele efetivamente participou do crime de homicídio. Se tem alguma conclusão no sentido de que ele instigou, ajustou, determinou, ou auxiliou de alguma forma a prática do homicídio", afirmou.
"O que tem na investigação preliminar é que o Patrick que já estava na Espanha, em um determinado momento conhecia o Marvin, e encaminhou uma foto [dos corpos]. Isso parte do Patrick e não do Marvin", alega o advogado. Ainda segundo Asfora, trocar mensagens não caracteriza participação no crime. "Deste momento começam a trocar mensagens. Não quer dizer que já está caracterizado que participou para a concretização do crime de homicídio. Ainda está cedo para afirmar isso. Tem que se ter acesso ao conteúdo das mensagens, porque o simpels fato de receber ou trocar mensagens não quer dizer que está participando do crime de homicídio", disse.
Sobre a confissão da participação por parte de Marvin, Asfora foi enfático. "Ele confessou apenas que trocou mensagens", afirmou.
Relembre o caso Os corpos de Marcos Campos Nogueira, Janaína Santos Américo e os dois filhos deles foram encontrados em sacos plásticos, dentro da casa em que moravam, no dia 18 de setembro. As autoridades foram alertadas por um vizinho 'que percebeu o odor' vindo da residência. Os investigadores acreditam que as vítimas estavam mortas há cerca de um mês. Inicialmente a Guarda Civil espanhola trabalhou com a possibilidade de ajuste de contas. Porém, com o avançar das investigações, descartou-se essa tese e, 15 dias após a descoberta dos corpos, o caso foi dado como encerrado. O único suspeito é François Patrick Nogueira Gouveia, que foi apontado após a polícia achar material genético dele no local do crime. O sobrinho de Marcos morou com a família na Espanha durante quatro meses. Segundo familiares de Janaína, durante esse período ela por várias vezes fez queixas de Patrick, dizendo que ele era agressivo e assustava a família. Além disso, Patrick também é dono de um passado violento, tendo sido apreendido quando era adolescente, no estado do Pará, após tentar matar um professor dentro de sala de aula.
Imagem

Jornal da Paraíba

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