icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

Pai de Marvin não acredita que filho tenha orientado Patrick

De acordo com Percival Henriques, jovem não é um 'monstro'.

Publicado em 30/10/2016 às 15:44

O pai de Marvin Henriques Correia não acredita que o jovem tenha colaborado 'em tempo real' com Patrick Gouveia durante a chacina da família de paraibanos, ocorrida na cidade de Pioz, na Espanha. Percival Henriques fundamenta sua convicção em dois pontos: o perfil do filho e informações da investigação divulgadas pela imprensa espanhola. Ele admite, no entanto, que o filho recebeu imagens do crime e errou ao não denunciar o amigo.

Marvin foi preso preventivamente na sexta-feira (28), a pedido do Ministério Público da Paraíba (MPPB). Segundo a Polícia Civil, as investigações comprovam que o jovem de 18 anos manteve contato direto com Patrick quando este matava o tio, Marcos Campos Nogueira, a esposa dele, Janaína Santos Américo, e os dois filhos pequenos do casal. As conversas teriam acontecido pelo aplicativo de mensagens WhatsApp e Marvin teria, inclusive, dado dicas de como mutilar e ocultar os cadáveres.

"A prisão preventiva é um exagero. Marvin não oferece risco para sociedade. Não obstruiu, nem tem como interferir nas investigações e não há a menor possibilidade de ele fugir, o que aliás nem sentido faria", afirmou Percival Henriques.

O pai de Marvin confirma que Patrick Gouveia era o melhor amigo do seu filho e, como em qualquer amizade, um confiava muito no outro. Percival disse que não vê como factível a tese de que Marvin orientou Patrick durante os assassinatos.

"Marvin é um menino doce, sempre solícito com os amigos, tem um numero muito grande de pessoas que sabem que ele é gentil, sensível, gosta de animais e de crianças. Estão tentando construir um monstro, onde só há um cara que acabou de sair da adolescência", afirmou Percival."Não há a menor possibilidade de ele não ter vomitado ou passado mal se visse a cena [os assassinatos] no local do fato", completou.

De acordo com Percival, a defesa do filho ainda não teve acesso ao inquérito instaurado pela Polícia Civil. Ele disse ainda que as versões da polícia paraibana e da Guarda Civil espanhola, responsável pela investigação central, são completamente diferentes.

Uma reportagem do jornal 'El País' afirma que o que foi relatado pela a Polícia Civil não encaixa com o que foi descoberto pela Guarda Civil. O principal ponto seria o contato em 'tempo real' entre Marvin e Patrick. A investigação espanhola afirma que o celular do assassino confesso da família não estava ligado no momento do crime. O aparelho teria sido usado quando o jovem chegou em Pioz, por volta das 18h, no dia do crime e só voltou a ser usado na manhã do dia seguinte, quando ele deixou o local. Dessa forma, em tese, seria impossível que Patrick tenha pedido ajuda a Marvin.

Percival confirma que o filho recebeu de Patrick imagens do brutal quádruplo assassinato, mas que isso teria acontecido depois do crime, não durante. Diz ainda que o rapaz errou ao não denunciar o amigo. E inclusive defende que ele seja penalizado por isso. "Por tê-las mantido. Por conversar longamente com o assassino depois dele ter praticado tamanha crueldade".

Presidente da Associação Nacional para Inclusão Digital (Anid), uma organização não-governamental que trabalha a expansão da internet, Percival é a favor da criação de um dispositivo legal exclusivo para punir pessoas que armazenam e disseminam imagens de crimes e tragédias. "Para que toda sociedade possa saber que não deve fazer da carnificina, da desgraça alheia uma opção de entretenimento".

Para saber sobre o acesso da defesa de Marvin ao inquérito, que ainda não foi liberado, a reportagem do JORNAL DA PARAÍBA tentou sucessivas vezes entrar em contato com o delegado responsável pelo caso, Reinaldo Nóbrega, contudo as ligações não foram atendidas.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp