VIDA URBANA
Feira recebe título de Patrimônio Cultural do Brasil terá investimento de R$ 8 mi
Iphan reconhece importância histórica e cultural da tradicional área comercial campinense.
Publicado em 14/06/2018 às 19:31 | Atualizado em 15/06/2018 às 9:31
A Feira de Campina Grande recebeu, nesta quinta-feira (14), o título de Patrimônio Cultural do Brasil. A solenidade, realizada na Pirâmide do Parque do Povo, aconteceu graças ao reconhecimento por parte do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) da importância histórica e cultural daquela tradicional área comercial da cidade.
A presidente do Iphan, Kátia Bogéa, disse que o próximo passo será a criação do Centro de Referência do Bem Registrado e a organização de uma rede de feirantes. Já o prefeito Romero Rodrigues anunciou investimentos de R$ 8 milhões para o início da reforma física do mercado público.
O projeto global inclui a reforma do Mercado Central, requalificação do Largo da Feira (que fica entre a feira de flores e o mercado público) e de restauração do Edifício do Pau do Meio. “Investimentos inicialmente R$ 800 mil na desapropriação de dos armazéns para a alocação dos feirantes em etapas posteriores da obra. Na primeira fase, serão investidos R$ 8 mil, através de financiamento da Caixa Econômica”, explicou o prefeito.
O presidente da Associação dos Feirantes, Cícero Rodrigues, disse que espera que a reforma da Feira de Campina Grande saia do papel efetivamente, a fim de proporcionar melhores condições de trabalho dos comerciantes e atrair mais consumidores.
Título
Com relação ao título de Patrimônio Cultural do Brasil, o prefeito Romero Rodrigues disse que ele deve ser festejado por toda coletividade campinense, pois representa o reconhecimento nacional de um dos maiores patrimônios da cidade, cuja história, cultura e dinamismo são alvo permanente da admiração de quem conhece Campina Grande.
Por sua vez, a presidente do Iphan, Kátia Bogéa, a Feira local é de grande dimensão, não apenas em termos de extensão, mas, sobretudo, quanto a sua diversidade em termos de manifestações culturais. “Cerca de 75 mil metros quadrados dão a base da Feira, que se amplia para além de seus limites, entre ruas e barracas, nos dias de mais movimento. A sua história e a sua contribuição cultural são fantásticas, sendo merecedoras do nosso reconhecimento”, afirmou.
Registro
O registro da Feira de Campina Grande como Patrimônio Cultural do Brasil foi deliberado em 27 de setembro de 2017, pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural. O bem imaterial foi inscrito, pelo Iphan, no Livro de Registro dos Lugares. O pedido de reconhecimento pelo Instituto aconteceu em uma articulação entre a Prefeitura Municipal de Campina Grande e grupos de feirantes e fregueses.
A partir daí, foi iniciado um intenso processo colaborativo de diálogos e pesquisas, que agora reúne as principais referências culturais presentes na Feira campinense, além de propostas para sua salvaguarda. Entre as ações apontadas estão a criação do Centro de Referência do Bem Registrado e a organização de uma rede de feirantes.
Essas propostas são entendidas como fundamentais, pois crescendo em importância e dimensões, o espaço da feira passou também a ser objeto de interesse de propostas de requalificação urbana, que deverão ser conduzidas conforme as necessidades das pessoas que a vivenciam diariamente em diálogo com as ações de salvaguarda.
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