POLÍTICA
Em Campina Grande, Bolsonaro defende extinção de ministérios e venda de estatais
Presidenciável diz que Conselho de Direitos Humanos "defende quem não presta".
Publicado em 21/06/2018 às 20:03 | Atualizado em 22/06/2018 às 11:49
O pré-candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) defendeu, nesta quinta-feira (21), em Campina Grande, a extinção de 14 ministérios, entre eles, o da Segurança, e a privatização de 100 empresas estatais. Ele pregou mudança no Código Penal para que o policial não seja punido nos confrontos com mortes de marginais e disse que, se for eleito, vai tirar o Brasil do Conselho de Direitos Humanos da ONU, alegando que o órgão só defende quem não presta.
Bolsonaro desembarcou, no aeroporto João Suassuna, por volta das 15 horas, sendo recebido por dirigentes do PSL e centenas de aliados. Ele fez um discurso, depois seguiu para a Praça da Bandeira, no Centro, falou rapidamente aos presentes e concedeu entrevista à Imprensa. Posteriormente, seguiu para o Calçadão da Cardoso Vieira, acompanhado de Julian Lemos, vice-presidente nacional do PSL. No local, Bolsonaro tomou cafezinho e fez um lanche no tradicional box de Wellington do Queijo.
Extinção de ministérios
Dos 29 ministérios existentes hoje no país, Jair Bolsonaro defendeu a extinção de 14, entre eles, o da Segurança. “Quando não se quer resolver alguma coisa, em Brasília, cria-se um ministério, quando não se quer resolver alguma coisa dentro da Câmara se cria uma comissão. Esse ministério será ser extinto, teremos uma secretaria dentro do Ministério da Justiça”, frisou o presidenciável.
Privatização
O presidenciável também pregou a privatização da maioria das empresas estatais. Para ele, só devem permanecer sob o comando do governo brasileiro, as empresa responsáveis pela geração e transferência de energia, por exemplo. “Não sou estatizante, mas dessas 150 estatais, no mínimo 100 vão embora rapidinho, você pode ter certeza disso”, enfatizou Bolsonaro, caso seja eleito ao Palácio do Planalto.
Segurança
Para enfrentar os problemas da segurança, não é preciso criar um ministério, na visão do presidenciável. Além de liberar o porte de arma parta parte da população, Bolsonaro sustenta que é preciso modificar o Código Penal. A proposta é que o policial responda por eventuais danos que provoque com o uso de armas no confronto com bandidos, mas não seja punido. “Com uma pequena mudança no Código Penal, você dá meios para o policial poder bem trabalhar, dando a resposta que a sociedade tanto precisa”, destacou.
Ao ser indagado, na entrevista, sobre a frase que “bandido bom é bandido morto”, Jair Bolsonaro respondeu: “Essa tese não é minha, é do então deputado Sivuca do Rio de Janeiro, mas entre um policial e dez marginais ou 100 marginais eu sou pela vida do policial”.
Direitos Humanos
Ainda durante a entrevista, Jair Bolsonaro apoiou a administração do presidente Donald Trump para retirar os Estados Unidos do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. “Eu teria saído antes antes do Trump, pois aquele Conselho de Direitos da ONU não serve para absolutamente nada. Não é apenas porque vota contra Israel de forma corriqueira, mas porque está sempre do lado de quem não presta. Como presidente, tiro sim para fazer economia para o Brasil”, frisou.
Ciro e Lula
Em relação às críticas do presidenciável Ciro Gomes (PDT), que o chamou de “fascista”, Bolsonaro disse que não vai responder a um “destemperado”. Quanto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que ele é um ficha-suja, pois foi condenado por corrupção em duas instâncias, logo não pode concorrer às eleições deste ano. No início da noite, Bolsonaro participou de um evento com militantes do partidários na AABB e depois viajou para Patos, no Sertão.
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