EDUCAÇÃO
Servidores da Educação da capital decidem continuar em greve
Assembleia não aceitou contraproposta de reajuste salarial de 3% apresentado pela PMJP. Sindicato reinvidica reajuste de 16% e melhores condições de trabalho.
Publicado em 18/03/2015 às 17:21
Os servidores da rede municipal de Educação de João Pessoa decidiram por unanimidade, em assembleia realizada na Federação Espírita da Torre na tarde desta quarta-feira (18), pela manutenção da greve por tempo indeterminado. Na reunião, foi discutida a contraproposta de 3% de reajuste salarial da Prefeitura Municipal de João Pessoa.
De acordo com Luiz Armando, integrante da Comissão de Negociação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de João Pessoa, o valor foi rejeitado por todos os participantes da assembleia. Os servidores reivindicam um reajuste salarial de 16%.
"Todos se sentiram ultrajados com esse índice sugerido, bem como pelas justificativas de crise econômica e redução do Fundeb", afirmou o presidente do sindicato, Daniel de Assis. A greve, que foi iniciada na última segunda-feira (16), envolve 8.500 profissionais, sendo 4.500 educadores; cerca de 60 mil alunos da rede municipal estão sem aula.
Além do reajuste, os servidores pedem também modificações no Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) - que incluem a garantia de manutenção do salário integral para quem se afasta para cursar pós-graduação e progressão funcional por titulação para quem está em estágio probatório - e a implantação da terceira etapa do plano que, segundo o sindicato, está parado há dois anos.
Na última segunda-feira, a Prefeitura de João Pessoa informou por meio de nota à imprensa que lamenta a decisão dos professores de entrarem em greve.
Manifestação
Após a assembleia, os servidores em greve se dirigiram ao Parque Solon de Lucena por volta das 16h desta quarta para um ato público. De acordo com o sindicato, a manifestação procura denunciar a subvalorização dos profissionais de educação e as precárias condições de trabalho nas escolas de João Pessoa.
A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) informou que cerca de 10 agentes de trânsito estão acompanhando a manifestação, que encontra-se no anel interno da Lagoa, para orientar os motoristas e reorganizar o trânsito.
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