icon search
icon search
home icon Home > cultura
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

CULTURA

O passageiro

Diretor de 'Blow-Up - Depois Daquele Beijo' e um dos cineastas mais admirados do cinema, centenário de Michelangelo Antonioni é lembrado.

Publicado em 29/09/2012 às 6:00


Hoje é comemorado o centenário de nascimento do cineasta italiano Michelangelo Antonioni. A burguesia alienada, as tecnologias, a arquitetura, a incomunicabilidade, a insatisfação e a solidão do ser humano comumente serviram de base para seus clássicos.

"Não sei ver meus filmes com olhos críticos. Não sei me expressar por palavras. E nem creio que seja imprescindível entender um filme. O mais importante é vê-lo, como uma experiência sensível”, chegou a declarar o italiano no Festival de Cannes, em 1975.

Não tinha pressa. Seus filmes tinham poucos planos com longas e lentas sequências. O sueco Ingmar Bergman chegou a dizer que admirava suas obras por serem desinteressadas e visionárias. Coincidência ou não, os dois realizadores morreram na mesma data, 30 de julho de 2007.

O diretor mostrou a alienação e os conflitos da elite italiana logo no seu primeiro sucesso, A Aventura (1960), filme que faz parte da Trilogia da Incomunicabilidade, que fecha com A Noite (1961) e O Eclipse (1962). O denominador comum nos premiados longas é a atriz Monica Vitti, ‘musa’ do realizador e a eterna espiã Modesty Blaise.

Influenciou gerações inteiras de cineastas: um exemplo é seu clássico Blow-Up - Depois Daquele Beijo (1966), baseado em um conto de Julio Cortázar, onde um fotógrafo (David Hemmings) investiga entre as granulações de um clique a prova de um assassinato. Foi o filme de cabeceira de Coppola quando realizou pós-Poderoso Chefão a trama de espionagem A Conversação (1974), Palma de Ouro em Cannes. Brian DePalma trocou a imagem pelo ruído em Um Tiro na Noite (1981), quando um sonoplasta acaba registrando um acidente na hora em que gravava sons para um filme.

Com Jack Nicholson e Maria Schneider fez a obra-prima Profissão: Repórter (1975), abordando o desejo de mudar de identidade. “Vivemos em estruturas sociais que só despertam dúvidas. Somos todos insatisfeitos", declarou na época.

No final do filme, seu zelo técnico: um meticuloso plano-sequência de dez minutos que levou 11 dias para ser realizado. Essencialmente 'Antonioni'.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp