ECONOMIA
Emprego cresce 56,15% na PB
Dados da Caged mostram geração de 2.739 empregos celetistas em outubro; saldo de contratações foi de 1.754 pessoas.
Publicado em 22/11/2013 às 6:00 | Atualizado em 04/05/2023 às 12:13
Em outubro, 2.739 empregos celetistas foram gerados na Paraíba segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Este foi o maior saldo do mês nos últimos três anos. Em outubro de 2012, o saldo de contratações foi de 1.754 pessoas. Isso significou 56,15% mais trabalhadores este ano inseridos no mercado paraibano, ou um acréscimo de 985 vagas em 2013 em relação ao mesmo mês do ano passado.
Os setores responsáveis pelo desempenho de outubro foram de serviços (962 postos), agropecuária (716 postos) e comércio (697 postos). Já a construção civil apresentou queda de 66%.
No Nordeste, a Paraíba ocupou o 6º lugar na geração de empregos gerados, superando apenas os estados do Piauí (2.604), Rio Grande do Norte (788) e da Bahia (-2.419), que foi o único a registrar saldo negativo entre os nove estados.
Já Alagoas (15.953), Ceará (6.789) e Pernambuco (5.324) lideram ranking de saldo de empregos em outubro (veja o ranking completo da região no quadro.
Já nos primeiros dez meses do ano, a Paraíba acumula 12.249 postos, saldo ainda ficou abaixo do desempenho do acumulado do ano passado (16.889 vagas), apresentando uma queda de 27,47% nas vagas oferecidas.
Para o economista Rafael Bernardino, o quadro da Paraíba, de janeiro a outubro em relação a 2012, reflete o ritmo de crescimento menor da economia este ano, observada em todo o país.
“Em 2013, o espírito empreendedor não só dos paraibanos, mas também dos brasileiros está menor e com isso a geração de emprego também cai”, contou. De acordo com ele, os empresários que pretendem implantar novos negócios estão mais retraídos e cautelosos, por causa da instabilidade econômica do país e aguardam o momento oportuno para montar seu negócio.
“Estes empreendedores estão aguardando tudo se estabilizar. É preciso que o grau de confiança deles na economia aumente, para que decidam investir em novos negócios e gerar mais empregos”.
NAS REGIÕES
Com 40.334 vagas, a região Nordeste criou o maior número de vagas em outubro do país. A região Sul ficou em segundo lugar com 29.793, enquanto a Sudeste que normalmente é a campeã de empregos gerou apenas 15.789 em outubro. Completam a lista as regiões Norte (7.311) e a Centro-Oeste (1.666).
BRASIL
No país, foram criadas 94.893 vagas formais de trabalho em outubro, um resultado 41,6% maior que em igual mês do ano passado. Em outubro de 2012, o saldo foi de 66.988. Com os números, a criação líquida de emprego formal no acumulado deste ano superou o saldo de todo o ano passado. Neste ano, o saldo está em 1,46 milhão nos dez meses, maior que o resultado final do ano passado, de 1,37 milhão. O comércio foi o setor que mais gerou postos formais de trabalho em outubro com 52,1 mil pessoas a mais com carteira assinada.
SALDO SUPERIOR
Apesar de o resultado do mês passado ter superado o mesmo mês de 2012, ficou abaixo do saldo verificado nos meses de outubro de 2011, 2010 e 2009. Nesses períodos, o resultado para o mês variou de 126 mil a 230 mil vagas. O número de outubro também não garante que o Ppís fechará 2013 com uma criação de postos de trabalho formal maior que no ano passado. Isso porque novembro é um mês tradicionalmente fraco em termos de criação de vagas e, em dezembro, o resultado mais comum é de fechamento de postos de trabalho.
Se comparados os resultados de janeiro a outubro, o saldo deste ano é 18,3% maior que o dos dez primeiros meses de 2012, quando ficou em 1,23 milhão. A criação de vagas no ano passado foi a menor desde 2009.
SANTA RITA E CG LIDERAM ABERTURA
Em outubro, os municípios de Santa Rita (646 vagas) e Campina Grande (421 vagas) apresentaram os melhores saldos. João Pessoa, registrou o pior desempenho, com perda de 180 trabalhadores em comparação ao mês anterior.
Os setores que dispensaram mais funcionários na capital paraibana no mês passado foram a construção civil (-346), indústria de transformação (-26) e agropecuária (-3). Já os que registraram mais pessoal contratado foram serviços (165) e comércio (55).
Já no acumulado do ano, os saldos que mais se destacaram na oferta de postos foram percebidos em João Pessoa (5.579), Campina Grande (891) e Patos (838).
O economista Rafael Bernardino afirmou que a forte queda no número de empregos na construção civil na cidade ocorreu porque a grande parte do mercado, atendido principalmente pelo programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida, já está suprida na capital.
“Em João Pessoa, a construção civil vinha num crescente e agora estagnou. Com isso, o Minha Casa, Minha Vinda, por exemplo, está migrando para outros mercados onde a demanda é maior. Isto é natural”.
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