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CULTURA

Arte vinda das cinzas

Documentário 'Cidade Cinza' estreia nesta sexta-feira (22) na programação do Cinespaço, em João Pessoa.

Publicado em 22/11/2013 às 6:00 | Atualizado em 04/05/2023 às 12:13

“O graffiti é uma universidade que não é paga”, chegou a dizer o artista Nunca, um dos personagens de Cidade Cinza (Brasil, 2013), documentário que estreia a partir desta sexta na programação do Cinespaço, em João Pessoa.

O multicolorido expressado pelos aerossóis de artistas que ganharam reconhecimento internacional como OsGemeos (grafado assim mesmo, como são conhecidos os irmãos Gustavo e Otávio Pandolfo), Nina, Ise, Finok, Zefix e o próprio Nunca preenchem com arte o ossuário feito de aço e concreto de uma das maiores cidades do mundo, São Paulo, a ‘Capital Mundial do Graffiti’.

Mas o impacto visual e a admiração por esse estilo de arte – que tem como galeria as ruas das cidades e como molduras os prédios, casas, muros e qualquer elemento arquitetônico – tem também seus ‘senões’ impostos pelo sistema.

“A política de começar a apagar os graffitis em São Paulo aconteceu em 2007, quando o então prefeito Kassab colocou em prática o projeto Cidade Limpa”, explica ao JORNAL DA PARAÍBA Marcelo Mesquita, diretor do documentário junto com Guilherme Valiengo. “Em 2008, a cidade sofreu uma modificação visual que melhorou a poluição, mas que atingiu também o graffiti”.

O resultado foi ‘maquiar’ a metrópole arbitrariamente com a cor cinza todas as intervenções artísticas ao concreto e aço aflorado por esses pigmentos. Fato que alterou a ideia do longa dos diretores.

“Essa galera coloca um pouco de cor na rua”, aponta o diretor. “Tem uma missão metafórica de travar um diálogo com uma cidade ‘séria’ que não dialoga”.

De acordo com Mesquita, o mote original de Cidade Cinza seria a cena do graffiti em São Paulo, no mesmo ano de 2007, mas antes da prefeitura aprovar o projeto Cidade Limpa. Dentro do universo de centenas de ‘tribos’, os realizadores escolheram a turma de Nunca, OsGemeos e cia.

Quando começaram as gravações muitos dos artistas viajaram para a Europa. “Não tem quem pinte, mas tem quem apague”, pensou Marcelo Mesquita, que aproveitou e documentou também a política municipal do ‘apagar’. O documentário começou a criar sua própria identidade.

Neste meio tempo, em 2009, OsGemeos foram convidados para montar uma exposição no prestigiado Museu de Arte Brasileira da FAAP. Intitulada Vertigem, a mostra era uma mescla de instalações, pinturas, esculturas e objetos sonoros.

COLETIVO

Depois de sete anos de produção, o filme independente (financiado através de recursos da Lei do Audiovisual) estava feito, mas faltava fundos para a distribuição no país.

Foi desenvolvido então um crowdfunding (financiamento coletivo através da internet) para resolver o problema. Depois de 60 dias, o objetivo de R$ 83 mil foi alcançado e a meta foi extrapolada (terminando com mais de R$ 15 mil do que foi pedido). “O barulho do crowdfunding foi tão grande que despertou a atenção da O2 do Fernando Meireles”, relembra Mesquita, informando que o filme estreia em nove Estados, podendo ampliar para mais.

A identidade de Cidade Cinza também é traduzida na sonoridade do hip hop de Criolo e Daniel Ganjaman. “Assistindo pela primeira vez ao filme montado, Criolo pegou o celular e compôs na mesma hora a música que encerra o filme”.

O diretor avisa também que na fan page do Facebook promoverá um abaixo-assinado para acabar com a política de São Paulo de ‘acinzentar’ a arte do graffiti.

NOVO CAPÍTULO DE 'SOBRENATURAL'

Estreia a partir de hoje no Box Cinépolis de João Pessoa a sequência de Sobrenatural (2010), terror que não tem nenhuma ligação com o seriado televisivo de mesmo nome.

Sobrenatural: Capítulo 2 (Insidious Chapter 2, EUA, 2013) retorna suas atenções aos Lambert, a mesma família assombrada no longa-metragem anterior que agora terão de buscar uma resposta para os misteriosos acontecimentos que cercam seus membros.

No elenco, voltam o patriarca interpretado por Patrick Wilson (o Coruja de Watchmen), a mãe (Rose Byrne, de Os Estagiários) e o seu filho (Ty Simpkins). Assumindo novamente a direção o roteirista e produtor James Wan, o mesmo realizador do recente Invocação do Mal, também protagonizado por Wilson.

Imagem

Jornal da Paraíba

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