Mão de obra disputada no país

O engenheiro eletricista paraibano Paulo Henrique Nascimento, de 29 anos, concluiu a graduação em engenharia elétrica no ano de 2008 na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

Logo que concluiu o curso, ele foi aprovado no processo seletivo para estagiários de uma empresa de engenharia, sediada no Rio de Janeiro. Após três meses, ele foi efetivado como engenheiro júnior e atualmente ocupa o cargo de coordenador gerencial de Elétrica, trabalhando diretamente na execução de projetos da Petrobras.

Para ele, ter estudado na UFCG foi o primeiro diferencial para garantir seu espaço no mercado de trabalho. "A instituição é muito bem vista pelas empresas do Sudeste, o aluno que se dedica durante a graduação, tem fluência em inglês e está sempre atualizado têm um futuro promissor em empresas localizadas nos grandes centros e até mesmo fora do Brasil", contou.

A história do paraibano não é isolada. Ela pode ser utilizada para exemplificar a trajetória de centenas de outros estudantes que concluíram o curso e se destacaram até mesmo fora do país.

“Nós mantemos projetos com empresas nacionais e transnacionais de grande porte, que facilitam a entrada dos alunos no mercado. Exemplo disso são as parcerias que construímos com a Chesf, Itaipu, o operador nacional do sistema elétrico, a Nokia e a HP”, ressaltou o vice-diretor do Centro de Engenharia Elétrica e Informática da UFCG, professor Camilo Lelis.

“Esse intercâmbio de conhecimento faz com que nós exportamos novas tecnologias e serviços. E além disso, representa a oportunidade dos estudantes usarem hoje a tecnologia do futuro para essas empresas, seja aqui na Paraíba ou em outros Estados”, acrescentou Lelis.

Para o especialista na área de ciência e tecnologia e empresário do setor, Alexandre Moura, a Paraíba possui potencial para continuar 'abastecendo' o mercado nacional e internacional. “Nós temos muito a crescer, em vários aspectos.

Os produtos desenvolvidos aqui são de excelência e cada vez mais chamam a atenção de grandes empresas e de pessoas de outras regiões”, previu o especialista.